Turistas estrangeiros criticados por perseguir gueixas em ruas de Quioto

Turistas são criticados por ficarem no meio do trânsito e tratarem as mulheres tradicionalmente vestidas como objetos.

Turista tirando foto de gueixa em Quioto (ilustrativa/banco de imagens)

Para muitos visitantes internacionais que vêm ao Japão, a tradicional cidade de Quioto está no topo da lista de seus lugares para visitar no país. Entretanto, enquanto a cidade lida com a multidão de turistas em razão de sua crescente popularidade, residentes locais estão cada vez mais ficando irritados com o mau comportamento de visitantes do exterior.

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De fato, o comportamento de visitantes estrangeiros se tornou um ponto sensível para os residentes que a TripAdvisor Japan até criou em 2015 um infográfico útil mostrando como visitar Quioto educadamente.

Os problemas abordados na campanha de conscientização incluem pontos como “tire seus sapatos antes de pisar no tatami” e “não cancele reservas em restaurantes na última hora”, mas umas das questões mais importantes endereçadas foi “seja educado quando pedir a uma maiko para tirar fotos com ela”, com uma contracapa que diz:

“As maiko usam quimonos como parte de seus trabalhos. Por favor evitem pará-las nas ruas e não as forcem a tirar fotos com você. Por vezes elas podem estar com pressa, então não as atrapalhem ou as puxem pelas mangas de seus quimonos”.

O quimono usado por uma maiko ou gueixa é muito caro e a responsabilidade delas em chegar no horário para compromissos com clientes de alta remuneração é especialmente importante para o trabalho delas.

Nada disso parece importar para muitos turistas estrangeiros quando eles veem uma dessas mulheres tradicionalmente vestidas na rua, como mostra a reportagem desse programa de TV:


Compartilhado pela usuária do Twitter @tamaki_nisimura, que trabalha no setor de turismo de entrada, o vídeo mostra estrangeiros correndo atrás de uma maiko, desesperados para tirar uma foto dela sem pedir permissão e obstruindo o tráfego imprudentemente no processo.

Os comentários dos apresentadores do programa matinal focaram no fato de que esses eram turistas estrangeiros tirando fotos e no meio do trânsito.

Entretanto, a usuária do Twitter que postou o vídeo diz que os turistas em si não são necessariamente culpados. Ela acredita que os reais vilões são os tours que promovem “lugares para encontrar gueixas”. Ela também acredita que há necessidade de mais educação em relação ao problema para que residentes e turistas estrangeiros possam conviver harmoniosamente.

Sua opinião dividiu as pessoas online, com um usuário apontando que cartazes como o mostrado abaixo já existem em Quioto para lembrar aos turistas que tomem cuidado com suas maneiras.

O vídeo postado tuíte atraiu uma variedade de comentários :

“Isso é o problema do governo. Eles precisam colocar contramedidas em vigor para prevenir que esse tipo de coisa aconteça”.

“Se Quioto quer promover sua imagem como cidade com maiko e gueixa, eles deveriam fazer algo para protegê-las”.

“Mesmo se você pedir aos turistas que se comportem, eles não se importam. Tudo que eles querem é ter uma foto para postar na mídia social”.

“Se os turistas querem realmente ver uma maiko, eles deveriam fazer uma reserva e pagar por isso”.

“Essas mulheres não são objetos ou espetáculos turísticos “.

Os residentes de Quioto protegem muito a cidade onde vivem e seus tesouros culturais e históricos, os quais incluem as maiko e gueixas.

Contudo, com tantos viajantes japoneses agora evitando Quioto e crescente reação negativa contra visitantes do exterior por causa do *overtourism, talvez tanto autoridades locais como turistas precisam trabalhar juntos para criar uma melhor experiência para todos.

*refere-se a uma situação na qual conflitos surgem entre moradores e visitantes em destinos turísticos, devido ao congestionamento percebido ou superlotação.
Fonte: Sora News

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Nigeriano morre após fazer greve de fome em centro de detenção da imigração

Publicado em 28 de junho de 2019, em Sociedade

O homem morreu na segunda-feira (24) na cidade de Nagasaki após perder a consciência e ter sido levado ao hospital.

O estrangeiro estava detido há mais de 3 anos (ilustrativa/banco de imagens)

Um nigeriano morreu em um centro de detenção da imigração nesta semana após fazer greve de fome, disse um funcionário na quinta-feira (27).

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Essa foi a 15ª morte desde 2006 em um sistema amplamente criticado em relação a padrões médicos, monitoramento de detidos e como os guardas respondem a uma emergência médica.

O homem, na faixa dos 40 anos, morreu na segunda-feira (24) na cidade de Nagasaki (província homônima) após perder a consciência e ter sido levado ao hospital, disse um funcionário do centro de detenção que não quis ser identificado.

O RINK, um grupo que dá suporte a detidos no centro, disse ao Reuters que o nigeriano fez greve de fome para protestar contra sua longa detenção, que já durava três anos.

Outros 27 estrangeiros estão fazendo greve de fome em um centro de detenção na cidade de Ushiku (Ibaraki), disse outro grupo que dá suporte aos detidos nessa instalação.

Alguns deles estão sem comer há quase 50 dias, disse Kimiko Tanaka, porta-voz do grupo.

Segundo ela, um iraniano de 23 anos que buscou asilo há mais de dois anos perdeu peso e está usando cadeira de rodas.

Outros dois homens em Ushiku estão detidos há cinco anos, disse ela.

“A realidade da longa detenção nada mais é que violação de direitos humanos”, disse Tanaka.

Um funcionário da agência nacional de imigração confirmou que há detidos em greve de fome no centro Ushiku, mas ele não soube dizer quantos. Autoridades estão fornecendo cuidados médicos e tentando fazê-los comer, enfatizou.

Desde junho de 2018 o Japão mantém 1.500 detidos, de acordo com os dados públicos recentes, cerca da metade deles há mais de seis meses.

Aproximadamente 604 estavam em busca de asilo cujas solicitações foram rejeitadas, enquanto o restante está detido por várias infrações imigratórias como expiração de visto.

Fonte: Asahi

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