Estado de emergência por Covid-19 poderá afetar economia do Japão

O estado de emergência deve reduzir trilhões de ienes em consumo privado. Economistas preveem que a economia voltará a contrair.

Cédulas de 10 mil ienes (banco de imagens PM)

Um estado de emergência de um mês planejado pelo governo japonês para conter um ressurgimento de infecções por coronavírus deve reduzir trilhões de ienes em consumo privado, com alguns economistas prevendo que a economia voltará a contrair.

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Impactos econômicos esperados de um estado de emergência em Tóquio e três províncias vizinhas, o qual o governo do primeiro-ministro Yoshihide Suga está considerando declarar na quinta-feira (7), provavelmente serão menores do que aqueles vistos após a primeira declaração de emergência em abril de 2020 na capital e seis estados.

A declaração então foi posteriormente expandida para a nação inteira e suspensa completamente no fim de maio. Restrições esperadas desta vez, embora não legalmente obrigatórias e limitadas à área de Tóquio, ainda poderiam prejudicar uma parte significante, senão tudo, de crescimento anteriormente previsto no trimestre janeiro a março, disseram economistas.

Uma desaceleração econômica na capital poderia ter um efeito oscilatório, e há até a possibilidade de que o planejado estado de emergência seja expandido, disseram.

“A situação está ficando pior, e se as áreas e o período de declaração forem estendidos, a porcentagem do PIB (Produto Interno Bruto) no atual trimestre poderia ser de dois dígitos”, disse Shinichiro Kobayashi, economista sênior no Mitsubishi UFJ Research and Consulting Co.

“Nesse caso, as repercussões se materializariam não somente na forma de quedas de consumo, mas falências corporativas e aumento de desemprego”, disse Kobayashi. “Isso significa que a economia do Japão poderia cair em um ciclo vicioso de deterioração no emprego e níveis de renda”.

Kobayashi havia previsto no mês passado uma contração anualizada real de 0,5% na economia do Japão no primeiro trimestre de 2021 devido ao ressurgimento do vírus.

Com o primeiro estado de emergência levando as pessoas a evitarem saídas desnecessárias e um grande número de empresas a reduzirem horas de funcionamento, o PIB do Japão contraiu anualizados 29,2% no período de abril a junho ante o trimestre anterior.

Como as atividades econômicas reiniciaram gradualmente após o estado de emergência ter sido encerrado completamente, a economia mostrou uma recuperação acentuada no trimestre seguinte, crescendo anualizados 22,9%.

De acordo com a média prevista por 35 economistas entrevistados em dezembro pelo Centro do Japão para Pesquisa Econômica, a economia estava projetada para crescer 1,31% anualizado no período de janeiro a março após um aumento de 3,44% no trimestre até dezembro.

Takahide Kiuchi, economista executivo no Instituto de Pesquisa Nomura, disse que cerca de 4,89 trilhões de ienes (US$47,5 bilhões) de consumo doméstico devem desaparecer devido à declaração de estado de emergência para a área de Tóquio, reduzindo o PIB anual da nação em 0,88 ponto percentual.

A estimativa é baseada no pressuposto de que 55,8% do consumo privado do país não é de natureza essencial ou urgente como mostrado pelos dados do governo de gastos de famílias, disse Kiuchi.

Embora o gasto privado que foi projetado a ser perdido seria menor do que o prejuízo estimado de 10,7 trilhões de ienes em abril passado e 11,2 trilhões de ienes no mês seguinte, Kiuchi disse que o planejado estado de emergência poderia ser expandido a nível nacional em estágios, reduzindo 14 trilhões de ienes de consumo por mês, ou diminuindo o PIB anual em 2,53 pontos percentuais.

Hideo Kumano, economista chefe no Dai-Ichi Life Research Institute, prevê que o impacto econômico esperado seja de 2,8 trilhões de ienes, assumindo que as restrições durem por 50 dias, quase o mesmo da primeira declaração de emergência.

“Mesmo que a área alvo seja limitada a apenas Tóquio e seus arredores, atividades econômicas em áreas diferentes interagem e quase todas as outras regiões no Japão serão afetadas”, disse Kumano.

Fonte: Mainichi

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Supermercados de Kanto reforçam estoque para quarentena

Publicado em 6 de janeiro de 2021, em Sociedade

Na primeira declaração do estado de emergência faltaram alguns itens nos supermercados, por isso, desta vez estão preparados.

Supermercado de Tóquio, na terça-feira (NHK)

Em abril do ano passado, quando foi declarado estado de emergência, a quarentena foi mais rígida. Por isso, os consumidores correram para os supermercados e drogarias para fazer estoque em casa.

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Assim, faltaram itens de higiene e desinfecção, além de alimentos e produtos alimentícios. 

Mas, desta vez, essa declaração em Tóquio e 3 províncias vizinhas – Chiba, Saitama e Kanagawa – tanto os fabricantes quanto os varejistas em geral, informam que não será preciso se preocupar com o estoque. 

Informações fake

Da vez passada muitas informações fakes circularam pelas redes sociais, gerando pânico entre os consumidores, como sobre que faltaria papel higiênico. Um dos maiores fabricantes desse artigo, de Shizuoka, informou que expede diariamente 600 toneladas, o que significa 4,8 milhões de rolos. 

Um dos produtos mais vendidos na quarentena (NHK)

“Não faltará”, garante o fabricante, o qual explica que entre seus clientes como supermercados e farmácias, sabe-se que há consumidores comprando para estocar. Ainda assim, não há risco de faltar. 

A reportagem da ANN visitou supermercados de Tóquio, os quais já estão prevenidos com o anúncio da declaração de situação de emergência, possivelmente na quinta-feira (7). Já providenciaram o dobro de produtos como pastas, farinhas e outros, para suprir a demanda.  

A NHK também conferiu e obteve a informação de que carnes de frango, porco e bovina, macarrões instantâneos (cup lamen), máscaras, lenços de papel, têm o suficiente para atender à demanda de um mês, se for o caso. 

Até quando será o período de estado de emergência

Médico Shigeru Omi explicando sobre o estágio III (ANN)

Embora o presidente do comitê do governo, médico e infectologista Shigeru Omi, diga que para rebaixar o índice de novos casos de infecção do estágio IV para III essa quarentena deva seguir até o final de fevereiro ou março, no mínimo, só se saberá com o pronunciamento oficial do governo.

Mas, desta vez, o governo quer conciliar esse período sem afetar tanto a economia, por isso, não será uma quarentena tão rígida, a ponto de fechar  escolas, cinemas, as academias de ginástica e outras instalações.

Mas, vai clamar para a população da região metropolitana e 3 províncias se abster de sair sem necessidade ou urgência. Assim, com o expediente mais reduzido nos bares e restaurantes, aumentará a demanda para delivery e de compra de produtos para cozinhar em casa.

Fontes: NHK, FNN e ANN

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