O governo decidiu apontar áreas regionais como Osaka e Fukuoka para atrair instituições financeiras estrangeiras, mudando de sua abordagem focada em Tóquio para criar um centro financeiro global após a pandemia de coronavírus, disseram na terça-feira (18) fontes com conhecimento do assunto.
A adição das duas áreas também ocorre quando o recente domínio cada vez mais restritivo da China sobre Hong Kong aumentou preocupações sobre o status da região semiautônoma como principal centro financeiro na Ásia e o governo japonês espera que essas áreas se tornem um novo ímã para companhias e pessoas qualificadas.
Apesar de impulso renovado para estimular a atratividade do Japão como centro financeiro, o país ainda enfrenta desafios, incluindo taxas corporativas e de impostos mais altas do que Hong Kong e Singapura, e a barreira do idioma para procedimentos administrativos que geralmente são complicados. Um outro fator de risco é que o Japão é propenso a desastres naturais.
As fontes disseram que o governo planeja estabelecer serviços consultivos em Osaka e Fukuoka para instituições estrangeiras ao alocar 50 milhões de ienes em um orçamento estatal para o ano fiscal de 2021 a partir de abril.
O surto de coronavírus aumentou a necessidade para mais descentralização de Tóquio.
Osaka é o centro da região Kansai que inclui as províncias de Quioto e Hyogo e tem um estoque integrado e mercado futuro de commodities. Osaka e Fukuoka também foram identificadas pelo governo como áreas estratégicas para desregulamentação.
A recente imposição de Pequim de uma lei de segurança nacional sobre Hong Kong causou indignação internacional e levantou preocupações de que a antiga colônia britânica se tornará menos amigável aos negócios e firmas estrangeiras sairão. Após seu retorno em 1997 ao domínio chinês, Hong Kong recebeu a promessa de um alto grau de autonomia por 50 anos.
“É natural que as pessoas começarão a mudar para o Japão e Singapura (de Hong Kong)”, disse o ministro das finanças Taro Aso em uma coletiva de imprensa no início de agosto. “Precisamos estar conscientes da posição do Japão como centro financeiro e endereçar essa questão”.
Fonte: Mainichi