Sempre é tempo de estudar: aluna brasileira de 74 anos ingressa no ginásio

Uma escola ginasial que oferece o curso à noite teve a cerimônia de ingresso adiada por causa do coronavírus. Finalmente todos puderam começar a estudar.

Cerimônia de ingresso no ginásio noturno (Tokyo Shimbun)

A Escola Ginasial Joso Mitsukaido, na cidade de Joso (Ibaraki), a qual oferece curso noturno, teve a cerimônia de ingresso adiada por causa da pandemia. Mas, em 2 deste mês, finalmente, os alunos puderam comparecer à escola para iniciar o primeiro ano letivo.

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O curso ginasial noturno é oferecido somente em 10 províncias e essa é a 34.ª do país. 

Em Joso há muitas indústrias alimentícias, as quais empregam trabalhadores estrangeiros, principalmente brasileiros. Os residentes estrangeiros fazem parte dos 9% da população local. E eles são maioria nesse curso noturno. Dos 20 alunos 14 são de outros países.

São 6 japoneses, 9 brasileiros, 2 peruanos e 2 filipinos e um nepalês. A faixa etária vai dos 10 aos 70 anos, bem variada, formando uma classe com diversidade.

Parece um sonho 

“Sempre quis voltar a estudar, pois depois do terceiro ou quarto ano do primário não tive oportunidade. Parece um sonho”, exclamou a brasileira Misako Tanabe, 74 anos, nissei, com mais de 30 anos de residência no Japão. 

Relatou que é de uma família com 11 irmãos, a mais velha. Desde a tenra idade cuidou dos seus irmãos, da lavagem das roupas, do preparo da comida e ajudou os pais na lavoura. Tendo trabalhado em uma indústria de pães, decidiu estudar porque com o avanço da idade poderia perder a oportunidade. 

“Meu sonho é aprender kanji para poder ler jornais e revistas”, disse ela, que sabe falar e ler hiragana e katakana.

De volta à escola por causa dos sonhos

Uma outra brasileira, de sobrenome Asanuma de Oliveira, 44, veio ao Japão com 18 e reside em Joso há mais de 20 anos. Embora saiba falar o idioma dos ancestrais e seja formada no colegial, quer aprender mais. Ler e escrever são importantes para o cotidiano. “Meu filho estuda nesta mesma escola, de dia. Vou me esforçar para não perder pra ele”, disse. 

Yuri Hiratsuka, 29, japonesa, abandonou o ginásio no passado por causa do bullying. Soube dessa escola pelo seu marido e voltou aos bancos com o sonho de empreender e de ser uma mãe que possa ajudar seus filhos nas tarefas escolares.

Os 20 alunos iniciam as aulas às 17h25 e seguem até 20h45, com a mesma grade curricular do curso diurno.

Fonte: Tokyo Shimbun

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