O aeroporto de Kansai em 4 de setembro de 2018, quando ficou inundado por causa da maré de tempestade causada pelo tufão 21 (NHK)
Quase um ano após uma histórica maré de tempestade causada por um forte tufão ter inundado grande parte do Aeroporto Internacional de Kansai em Osaka, muitas áreas do Japão continuam vulneráveis a um desastre similar.
O governo central está pedindo a 19 governos provinciais os quais enfrentam possíveis marés de tempestade que divulguem áreas mais vulneráveis a inundações, mas somente Tóquio e quatro outros fizeram isso até agora.
Em Tóquio está previsto que mais de 2 milhões de residentes poderiam ser forçados a evacuar se rios na capital transbordassem ao mesmo tempo.
No oeste do Japão, autoridades locais parecem estar se movendo lentamente para estabelecer medidas que visam mitigar o impacto de inundações, apesar do pedido do governo central de que planos de emergência devem ser colocados em curso.
Desastre na região Kansai
O tufão Nº21, o mais forte a atingir o Japão em 25 anos, causou estragos na região Kansai há 1 ano.
Ele provocou uma maré de tempestade em 4 de setembro que inundou o Aeroporto de Kansai, o qual fica em um ilha artificial na Baía de Osaka, e outras áreas costeira ao longo dela.
Além do Aeroporto de Kansai, muitas das ilhas artificiais na baía ficaram inundadas, incluindo a Minami-Ashiyahama de Ashiya. As marés atingiram alturas recordes em 7 locais ao longo da baía, de acordo com governos locais.
O Japão não é um desconhecido à devastação causada por maré de tempestade em que ondas imensas são criadas devido a um tufão ou sistema de pressão extremamente baixa e aumentos do nível do mar.
Mais de 5.000 pessoas morreram na maré de tempestade causada pelo tufão de Isewan (Baía de Ise) em setembro de 1959. Grande parte dos danos foram relatados nas províncias de Aichi e Mie, que rodeiam a Baía de Ise.
Até 2,55 milhões de pessoas terão que evacuar
As 19 províncias que estão sob maior risco de marés de tempestade ficam nas proximidades da Baía de Tóquio, Baía de Ise, Baía de Osaka, Mar Interior de Seto e mares de Ariake e Yatsuhiro, ambos em Kyushu.
O governo central está pedindo a eles que divulguem até o ano 2021 informações sobre suas áreas mais propensas a inundações.
A divulgação de informações sobre áreas de alto risco deve possibilitar aos residentes locais se preparem para um desastre e criarem planos de evacuação.
Das 19 províncias, somente Tóquio, Chiba, Kanagawa, Hyogo e Fukuoka publicaram informações do tipo.
Uma maré de tempestade poderia causar caos extenso na área metropolitana de Tóquio.
No caso de inundações simultâneas dos rios Ara (Arakawa) e Edo (Edogawa), até 2,55 milhões de residentes nos bairros de Koto, Edogawa, Katsushika e Adachi , que ficam perto dos rios e da Baía de Tóquio, teriam que evacuar.
No bairro de Edogawa, onde 70 por cento do terreno fica abaixo do nível do mar, quase todo o bairro, segundo previsão, deve ficar sob a água por cerca de uma ou duas semanas após a ocorrência de uma inundação de grande escala.
Autoridades locais dizem que as duas coisas mais importantes para os residentes no caso de inundação é evacuar logo e garantir um lugar seguro para ir.
Autoridades de Edogawa planejam emitir um aviso de evacuação através de um sistema wireless comunitário para residentes três dias antes de um desastre poder atingir o bairro.
Em junho, autoridades locais pediram aos residentes que discutissem com seus amigos e parentes que vivem fora de Edogawa para onde eles podem evacuar no caso de uma grande inundação.
Fonte: Asahi
