Neste Artigo:

Depois de a promotoria especial ter apreendido seu telefone celular e passaporte libanês, no dia 4, data em que Carlos Ghosn, 65, foi preso pela quarta vez, Carole, a esposa, também deveria ser interrogada.
No entanto, na noite de 5 ela deixou o Japão usando o seu passaporte norte-americano, declarou para um jornal francês. Também disse “senti risco de vida”. Para o jornal japonês disse “meu marido está sob custódia e não posso ajudar mesmo estando em Tóquio. Posso ser mais útil na França”.
Ela disse que pediu ajuda ao presidente da França Emmanuel Macron, o qual teria respondido positivamente mas não teve mais contato. “Todos abandonaram Ghosn”, declarou Carole.
O motivo da 4.ª prisão de Ghosn é a suspeita de violação da lei de empresas, causando prejuízos para Nissan, onde ocupou o cargo de presidente do conselho.
As verbas da montadora, estimadas em mais de 3,5 bilhões de ienes, enviadas para Omã teriam sido desviadas em parte para as empresas da Carole e do filho.
A esposa tem uma empresa, a Beauty Yatches. Teria adquirido um iate para a família, o qual custou cerca de 1,6 bilhão de ienes, e teria recebido 900 milhões através dessa verba para Omã. Já o filho tem uma empresa de eventos chamada Shogun, o qual também teria sido beneficiado.
Como Carole se encontra fora do país a equipe especial da promotoria não poderá ouvi-la.
Na segunda-feira (8) foi realizada a Assembléia Geral Extraordinária de Acionistas da Nissan, na qual foi decidida a exclusão de Carlos Ghosn e Greg Kelly dos respectivos cargos da diretoria da montadora. A decisão ocorreu sem a presença dele, já que se encontra detido até 14 deste mês.
Fontes: Sankei, ANN e Nikkei