O vendedor concordou em ser interrogado pela polícia, dizendo que havia comprado os produtos em um site do exterior (ilustrativa/banco de imagens)
Materiais radioativos que parecem ser urânio foram vendidos e comprados em um leilão online, disseram ao jornal Mainichi em 30 de janeiro pessoas próximas a uma investigação da polícia.
Os materiais foram confiscados pela divisão de proteção ao consumidor e meio ambiente do Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio e passados para identificação à Autoridade de Regulação Nuclear – JAEA.
A JAEA julgou que os materiais, provavelmente, são urânio empobrecido e pó concentrado de yellowcake, ou bolo amarelo – material composto de urânio, já livre de impurezas, que serve para fins de produção de energia nuclear.
A polícia identificou os vendedores e os compradores dos materiais e em breve vão iniciar uma plena investigação do caso como uma possível violação da Lei sobre Regulação de Material de Fonte Nuclear, Material de Combustível Nuclear e Reatores. Infratores podem pegar até um ano de prisão ou multa de um milhão de ienes.
De acordo com pessoas próximas à investigação, a secretaria da Autoridade de Regulação Nuclear primeiro viu o material designado como “urânio” em um site de leilão e relatou o caso à polícia metropolitana.
Os investigadores identificaram o vendedor e vários compradores e confiscaram os materiais em questão. Os itens eram em pó ou sólidos e radioativos. Eles estavam dentro de tubos de vidro e pesavam várias gramas no total. O vendedor concordou em ser interrogado pela polícia, dizendo que havia comprado os produtos em um site do exterior.
A polícia metropolitana solicitou ao JAEA que identificasse os itens em meados de dezembro do ano passado.
Especialistas temem que tais itens radioativos poderiam ser manipulados em “bombas sujas” designadas a dispersar tais materiais como forma de terrorismo.
“As preocupações das pessoas aumentariam e as atividades econômicas poderiam parar. Mesmo uma quantidade mínima de material com baixa radiotividade poderia causar um grande impacto na sociedade”, disse Mitsuru Fukuda, professor da Universidade Nihon de Gestão de Risco.
Fonte: Mainichi
