Caso a resolução seja aprovada pelo Senado, Trump não poderá decidir sozinho se vai recorrer à força militar contra o Irã
Após o ataque americano que matou o general Qasem Soleimani da Guarda Revolucionária do Irã, o Partido Democrata criticou veemente a ordem do presidente Donald Trump, que não foi comunicada e discutida com o parlamento. A constituição dos EUA prevê que, quando o presidente for recorrer ao uso militar, é obrigatório discutir a decisão com parlamento com o máximo de antecedência.
Nesta sexta-feira (9), a Câmara dos Deputados aprovou uma resolução para limitar a capacidade do presidente americano de se envolver em conflitos militares contra o Irã.
A resolução prevê que o presidente está proibido de recorrer ao uso militar contra o Irã por conta própria, com exceção em casos de necessidade de auto-defesa e aprovação especial do parlamento.
A Câmara, com maioria democrata, aprovou a resolução com 224 votos a favor e 194 contra, o que reflete a quantidade de cadeiras pertencentes aos democratas e republicanos e o Congresso altamente dividido. A maioria dos democratas votaram a favor, acusando Trump de ter agido de maneira imprudente. Já os republicanos raramente votam contra o presidente e demonstram apoio.
Contudo, a resolução deverá passar por votação no Senado. Se aprovada no Senado, o presidente passaria a ser obrigado a pedir autorização do Congresso antes de tomar medidas militares contra o Irã.
Fonte: NHK
