Metade da força de trabalho global corre grande risco de desemprego devido ao coronavírus

Metade dos trabalhadores do mundo está sob ‘risco imediato de perder seus meios de subsistência devido ao coronavírus’.

Dono colocando placa de fechado em em estabelecimento (ilustrativa/PM)

Quase metade da força de trabalho global – 1,6 bilhão de pessoas – está sob “perigo imediato de ter seus meios de subsistência destruídos” pelo impacto econômico da Covid-19, alertou a Organização Internacional do Trabalho – OIT.

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Da população total global em idade de trabalho de 3,3 bilhões, cerca de 2 bilhões atuam na “economia informal”, geralmente em contratos de curto prazo ou autônomos, e sofreram um colapso de 60% em seus salários no primeiro mês da crise. Desses, 1,6 bilhão correm o risco de perder seus meios de subsistência, alertou a OIT na quarta-feira (29).

“Isso mostra os mais severos termos possíveis de que a crise de empregos e todas as suas consequências estão afundando em comparação com nossas estimativas 3 semanas atrás”, disse o diretor-geral da agência das Nações Unidas Guy Ryder em uma coletiva, prevendo um “massivo” impacto de pobreza.

“Para milhões de trabalhadores, sem salário significa sem comida, sem segurança e sem futuro. Milhões de negócios em todo o mundo estão mal conseguindo respirar”, disse Ryder. “Eles não têm economias ou acesso a crédito. Essas são as faces reais do mundo do trabalho. Se não os ajudarmos agora, eles vão simplesmente perecer”.

As Américas do Norte e Sul foram as regiões mais afetadas após a rápida propagação do vírus pelos EUA e Brasil, mas trabalhadores autônomos e de contrato na Europa também estavam sob iminente perigo de ver seus meios de subsistência desaparecerem.

Nas Américas, a perda de horas de trabalho no segundo trimestre deve chegar a 12,4% comparadas com o nível pré-crise. Na Europa e Ásia central, o declínio deve ser em torno de 11,8%.

Isso se traduz a uma queda de 81% nos salários de trabalhadores na África e nas Américas, 21,6% na Ásia e Pacífico, e 70% na Europa e Ásia central.

Uma flexibilização do lockdown na China significou que milhares de negócios haviam reaberto e aumentado as horas de trabalho de sua mão de obra. A OIT disse que esses desenvolvimentos significaram que as rendas de trabalhadores empregados haviam aumentado em um nível global.

Entretanto, a crise em agravamento em muitas outras partes do mundo deixou mais de 436 milhões de negócios enfrentando altos riscos de graves interrupções, disse a OIT.

Esses empregadores estão operando nos setores econômicos mais afetados, incluindo 232 milhões nos setores varejista e atacadista, 111 milhões nas indústrias de fabricação, 51 milhões em acomodações e serviços alimentícios e 42 milhões no setor imobiliário e outras atividades de negócios.

A OIT disse que a situação extrema enfrentada pelos trabalhadores mais vulneráveis no mundo deveriam levar governos a estender urgentemente seus programas de resgate para incluir “medidas específicas e flexíveis a fim de dar suporte aos trabalhadores e negócios, principalmente as pequenas empresas, aquelas na economia informal e outras que são vulneráveis”.

Ryder disse que esperava que governos reconhecessem que eles precisavam reconstruir suas economias em torno de melhores práticas de trabalho e “não retornar ao mundo pré-pandemia de trabalho precário para a maioria”.

“A pandemia deixou a nu o quão precário, frágil e desigual é o nosso mundo de trabalho. É comumente dito que essa pandemia não discrimina, e em termos médicos está certo. Todos nós podemos ser afetados pela pandemia”, disse ele.

“Mas em termos de efeitos econômicos e sociais, essa pandemia discrimina massivamente e acima de tudo contra aqueles que estão no fundo do mundo do trabalho, aqueles que não têm proteção, aqueles que não têm recursos e o básico do que poderíamos chamar de essenciais de uma vida normal”.

Fonte: The Guardian

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Não ao corte do trabalho dos estrangeiros: manifestação de 1.º de maio

Publicado em 30 de abril de 2020, em Sociedade

Por causa da disseminação do coronavírus a manifestação do Dia do Trabalhador será virtual, organizada pela federação dos sindicatos.

Pôster do 1.º de maio virtual (Tozen)

Os cortes ou suspensões dos contratos dos trabalhadores estrangeiros no Japão continuam, segundo a federação dos sindicatos Zenkoku Ippan Tokyo General Union ou Tozen Union.

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A Tozen instalou uma linha chamada de Corona Hot Line para atender os trabalhadores, desde o final de fevereiro. Segundo ela já recebeu mais de 2 mil consultas sobre demissões ou não renovação do contrato de trabalho em consequência do coronavírus. 

Os problemas mais comuns são ordem para ficar em casa, mas não está recebendo salário, o contrato vence no final do mês, entretanto não sabe se será renovado, sem trabalho e sem poupança não consegue viver, entre outros.

A crise desencadeada pela pandemia foi chamada pela Tozen de コロナ切り, lê-se coronagiri, ou corte do corona, na tradução livre.

1.º de maio virtual 

Como a aglomeração aumenta o risco de contágio a manifestação para o Dia do Trabalho em 1.º de maio será feita em ambiente online, usando o app Zoom, com transmissão pelo canal YouTube, a partir das 14 horas.

Terá convidados especiais nesse encontro virtual para discutir problemas relacionados aos trabalhadores em geral, incluindo os estrangeiros. Quer compartilhar com os de outros países as dores causadas a milhares de trabalhadores em todo o mundo.

No Japão são 1,66 milhão de trabalhadores estrangeiros, de diversos países, com dados de outubro do ano passado. Estima-se que 29% tenham sido afetados pelas paralisações nas empresas e indústrias por causa do coronavírus.

Essa transmissão tem o objetivo de dizer para os participantes que não estão sós neste momento.

O número da Corona Hot Line é 050-5532-4405, das 12h às 20h. O canal do YouTube é https://www.youtube.com/user/GeneralUnionNews.

Fontes: Tozen e Nishi Nippon

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