Máscaras feitas com fibra de espécie de bananeira podem reduzir lixo plástico

A abacá é tão durável quando o poliéster mas se decompõe dentro de 2 meses

Fibras de abacá secando (Wikimedia)

Fibra de um parente da bananeira poderia substituir plástico em milhões de máscaras e batas de hospital que o mundo está produzindo para combater o novo coronavírus.

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A abacá (musa textiles) – uma fibra das Filipinas usada em sacos de chá e cédulas de dinheiro – é tão durável quando o poliéster, mas se decompõe dentro de 2 meses, disse o chefe da agência de fibras das Filipinas Kennedy Costales.

“Com essa pandemia, se todos nós comprarmos máscaras feitas de fibra sintéticas, elas acabarão acumuladas em lixões porque elas demoram muito para se decompor”, disse Costales.

Esforços globais para proibir o uso de plástico recuaram porque as nações priorizaram a higiene em relação ao meio ambiente para embalagens e suprimentos médicos, criando um ponto luminoso para companhias químicas como a LyondellBasell Industries e a Trinseo.

As vendas de máscaras descartáveis devem aumentar em mais de 200 vezes no mundo neste ano para US$166 milhões, de acordo com um artigo de comércio das Nações Unidas, citando a empresa de consultoria Grand View Research.

Empresas têm sido relutantes em substituir plástico com alternativas biodegradáveis por preocupações com custos e se os novos materiais são suficientemente fortes e eficazes para uso médico.

Demanda por abacá pode crescer muito neste ano

Um estudo preliminar feito pelo Departamento de Ciência e Tecnologia das Filipinas mostrou que o papel de abacá é mais resistente à água do que a máscara comercial N-95, e tem tamanhos de poros dentro da faixa recomendada pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA para filtrar partículas perigosas.

Costales disse que a demanda por abacá poderia crescer exponencialmente neste ano, com 10% da produção indo para usos médicos, comparado com menos de 1% no ano passado.

“A fibra de abacá está ganhando popularidade rapidamente enquanto governos e fabricantes no mundo realizam ações para produzir mais vestimentas médicas reusáveis e seguras para profissionais da saúde”, disse Pratik Gurnani, consultor sênior no Future Market Insights.

Filipinas são o maior produtor da fibra

As Filipinas são o maior produtor do mundo, fornecendo 85% da fibra em 2017, de acordo com dados mais recentes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. A produção global está projetada em US$100 milhões neste ano, disse Gurnani.

A fibra, retirada dos troncos da árvore de abacá, foi usada para cordas de embarcações resistentes ao sal e em envelopes de Manila no século 19. Até 30% das cédulas de dinheiro do Japão são feitas com ela e os fios do abacá foram usados em carros da Mercedes-Benz.

A fibra é mais cara de produzir, mas vários países fizeram pedidos

Embora a fibra da planta seja mais cara para produzir do que as alternativas de plástico, fabricantes de equipamento de proteção da China, Índia e Vietnã fizeram novos pedidos para a fibra nos últimos meses, levando fábricas da fibra nas Filipinas a dobrarem sua produção, disse o exportador de abacá Firat Kabasakalli.

Uma companhia no sul das Filipinas que fabrica cartões e papéis da fibra para exportação aos EUA e Europa mudou para produção de máscaras.

Enquanto Costales estime que os produtores aumentem a produção de abacá para 74 mil toneladas cúbicas neste ano, isso não é suficiente, nem mesmo para atender a o déficit de fornecimento do ano passado de 125 mil toneladas. Parte da razão é que agricultores nas Filipinas não têm subsídios do governo para aumentar a produção.

“A abacá é um ouro precioso para as Filipinas, mas é geralmente desconsiderado porque o governo prioriza colheitas para alimentar as pessoas”, disse Costales. “Isso é uma oportunidade perdida para nós”.

Fonte: Straits Times

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Kanagawa com número histórico de 89 testados positivo

Publicado em 4 de agosto de 2020, em Sociedade

A província teve um aumento surpreendente de 89 novos casos de infecção pelo coronavírus na terça-feira.

Governador de Kanagawa (NHK)

Pela primeira vez a província de Kanagawa confirma 89 novos casos de infecção pelo coronavírus na terça-feira (4). 

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Foram 46 em Yokohama, 25 em Kawasaki, 2 em Sagamihara, 1 em Yokosuka, 3 em Hiratsuka, 1 em Asakura, 1 em Fujisawa, 4 em Chigasaki, 1 em Zushi, 1 em Miura e 1 em Yamato.

Em 7 de abril, no pico da epidemia a província chegou a registrar 76, depois o mesmo número em 30 de julho. 

Prefeitos e governador temem que seja a segunda onda da infecção. “Como Kanagawa e Tóquio são praticamente uma, já estava prevendo aumento e isso se tornou realidade”, disse Yuji Kuroiwa, governador de Kanagawa.

Complementou expressando “há a possibilidade de a infecção estar em todo lugar, estou sentindo um clima de tensão”. 

Aos empresários pediu reforço na prevenção e aos clientes que procurem não ir a locais que não adotam tais medidas.

Informou que não se sente pressionado em relação aos leitos disponíveis e que ainda não pensa em solicitar restrição nas atividades comerciais. Por enquanto, continuará observando.

Fontes: NHK e Kanagawa Shimbun

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