Coronavírus é detectado no ar em hospitais de Wuhan, mostra estudo

Entretanto, continua incerto se o vírus nas amostras coletadas estava infeccioso.

Homem usando máscara (PM)

Somando à evidência crescente de que o novo coronavírus pode se espalhar pelo ar, cientistas identificaram marcadores genéticos do vírus em partículas suspensas no ar, muitas com diâmetros menores do que um décimo de milésimo de uma polegada.

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Isso havia sido demonstrado anteriormente em experimentos de laboratório, mas agora cientistas chineses que estudam condições do mundo real relatam que eles capturaram do ar minúsculas partículas contendo marcadores genéticos do vírus em dois hospitais em Wuhan, na China, onde o surto começou.

Suas descobertas foram publicadas na segunda-feira (27) no jornal Nature.

Continua incerto se o vírus nas amostras que eles coletaram era infeccioso, mas partículas tão pequenas, as quais são expelidas pela respiração e ao conversar, podem ficar suspensas no ar e serem inaladas por outros.

“Essas vão ficar suspensas no ar flutuando por pelo menos 2 horas”, disse Linsey Marr, professora de engenharia civil e ambiental na Virginia Tech que não estava envolvida com o jornal Nature.

“Ela sugere fortemente que há potencial para transmissão pelo ar”.

Marr e muitos outros cientistas dizem que evidência está crescendo de que o coronavírus está sendo espalhado por partículas minúsculas conhecidas como aerossóis.

A Organização Mundial da Saúde – OMS até agora minimizou a possibilidade, dizendo que a doença é em sua maioria transmitida por partículas maiores que não permanecem no ar por muito tempo, ou através do toque em superfícies contaminadas.

Mesmo com as novas descobertas, a questão não está estabelecida. Embora o RNA do coronavírus – o modelo genético do vírus – estivesse presente nos aerossóis, cientistas não sabem ainda se o vírus continua infeccioso ou se os testes somente detectaram fragmentos inofensivos dele.

“A peça que falta é a replicação viral viável”, disse o Dr. Harvey V. Fineberg, que lidera o Comitê Permanente sobre Doenças Infecciosas Emergentes e Ameaças de Saúde do Século 21 nas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina.

Em fevereiro e março, cientistas coletaram amostras no Hospital Renmin da Universidade de Wuhan e em uma instalação médica provisória usada para quarentena e tratamento de pacientes com sintomas leves. Eles também coletaram amostras no ar em áreas públicas em torno de Wuhan, incluindo um prédio residencial, um supermercado e duas lojas de departamento.

Vírus muito pequeno foi detectado no ar nas alas de isolamento ou nos quartos de pacientes do hospital, os quais eram bem ventilados. Mas concentrações elevadas foram medidas nas pequenas áreas dos banheiros, as quais não eram bem ventiladas.

“De certa forma isso enfatiza a importância de evitar espaços pequenos confinados”, disse Marr.

Os pesquisadores também detectaram vírus no ar nos locais onde profissionais da saúde tiraram suas vestimentas de proteção, sugerindo que vírus que haviam se colonizado nas roupas poderiam ser jogados de volta no ar. Essas leituras foram reduzidas grandemente após os hospitais terem implementado procedimentos de limpeza mais rigorosos.

Os dados de Wuhan repetem as descobertas no Centro Médico da Universidade do Nebraska, onde outros pesquisadores também encontraram RNA de coronavírus no ar, assim como em superfícies nos quartos.

A pesquisa, ainda no processo de ser revista por outros cientistas antes de publicação em um jornal, não determinou o tamanho das partículas. Mas a presença de RNA do vírus em locais fora do caminho, como debaixo da cama ou nos parapeitos de janelas, também sugeriu que pequenas partículas foram levadas em torno do quartos por correntes de ar.

Em sua pesquisa, cientistas do Nebraska detectaram a presença de RNA de coronavírus, mas não se os vírus ainda estavam infecciosos. Em experimentos adicionais, os cientistas estão tentando criar o vírus em culturas para determinar se eles são capazes de adoecer as pessoas.

Na pesquisa de Wuhan, nenhum vírus foi detectado na maioria dos lugares públicos que eles estudaram, incluindo prédios residenciais e supermercado, embora alguns níveis terem sido detectados em áreas aglomeradas fora de um dos hospitais e nas lojas de departamento.

Marr disse que ela calculou que levaria cerca de 15 minutos para uma pessoa respirar uma partícula do vírus.

“Foi interessante ver que havia quantidades mensuráveis”, disse ela. “Acredito que isso soma boa evidências para evitar aglomerações”.

A pesquisa não estabeleceu se as pessoas que passavam por essas áreas estavam usando máscaras, as quais poderiam bloquear muito o vírus que uma pessoa doente exala.

Fonte: Straits Times

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População de Osaka é a que mais colabora no #FiqueEmCasa

Publicado em 30 de abril de 2020, em Sociedade

Com meta de 80% no isolamento social a população de Osaka é a que mais colabora, chegando a quase 90%. Veja nas outras capitais.

Avenida Midosuji em Yodoyabashi, cidade de Osaka, vazia de tráfego e de pessoas, às 13h de quarta-feira (MBS)

No feriado Dia de Showa (29) a NTT DoCoMo realizou um levantamento do movimento das pessoas nas 47 províncias, através do smartphone, preservando a privacidade dos usuários.

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Osaka foi a cidade e a província mais colaborativa na campanha #FiqueEmCasa como forma de controle do aumento da infecção pelo novo coronavírus. 

As análises foram feitas por volta das 15h comparando com dados médios de janeiro e fevereiro deste ano.

Na região central de Umeda, próximo à estação de Osaka, foi observada redução de 87,6%. Caso queira assistir à reportagem da MBS TV toque aqui e veja os principais pontos de Osaka vazios.

Dotonbori, icônico point em Osaka, vazio, por volta das 13h de quarta-feira (MBS)

Também foram observadas queda brusca de movimento nas vias expressas, que estariam congestionadas no feriado de Golden Week, e também no KIX-Aeroporto Internacional de Kansai, quase sem ninguém.

Média de 70% de redução 

Na comumente movimentada área de Shinjuku, em Tóquio, a queda foi de 81,7%, portanto no índice esperado pelo governo. Mas, em Shibuya foi de 77,8%.

Em outras capitais do país, como em Yokohama (Kanagawa) e a área de Tenjin, em Fukuoka (província homônima), foram observadas queda de 78,2% e 76,9%, respectivamente, bem próximas das metas.

Nas proximidades da estação de Omiya (Saitama), Sannomiya em Kobe (Hyogo) e estação de Chiba (cidade e província homônimas), os índices foram de 74%, 70,5% e 70,2%, respectivamente.

Shinjuku, em Tóquio, vazia, por volta das 10h (ANN)

Em outras províncias consideradas de vigilância especial também não chegaram à meta. Nas proximidades da estação de Quioto foi de 77,8%, da estação de Nagoia (Aichi) foi de 77,6%, ao redor da estação de Kanazawa (Ishikawa) foi de 74,9% e de Sapporo (Hokkaido), de 71,5%. 

Embora Hiroshima não seja uma dessas de vigilância especial, o povo colaborou mais, com 70,8% de redução. 

Locais abaixo dos 70% ou quase nada de redução 

Nas proximidades de outras estações como de Mito (Ibaraki), foi de 57,5%, de Gifu foi de 57,3%, Sendai (Miyagi) foi de 68,3% e Takamatsu (Kagawa), de 50,1%.

Nos demais locais os percentuais foram bem baixos, ficando bem aquém do esperado. Na Kokusai Doori em Naha (Okinawa) foi de 30,4%, em Otsu (Shiga) foi de 10,4% e Kofu (Yamanashi) foi de 18,1%. Ou seja, nesses locais as pessoas não estão preocupadas com o controle do aumento da infecção.

Fontes: MBS, ANN e NHK

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