Cientistas japoneses estudam o uso de bactéria para reduzir o impacto de tsunamis

Cientistas estão buscando maneiras de lidar com os efeitos das ondas gigantes. Saiba mais.

Imagens do tsunami de 11 de março de 2011 (YouTube/ NHK, National Geographic)

Cientistas que buscam maneiras de lidar com os efeitos de um tsunami esperam atenuar a força das ondas gigantes em seus locais de nascimento ao injetar bactéria nas falhas geológicas sob o leito marinho.

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A ideia é que a bactéria produziria carbonato de cálcio, e isso funcionaria como um cimento, atenuando o tremor do fundo do mar.

Um tsunami ocorre quando placas tectônicas subterrâneas fazem uma grande deslocamento em suas posições, onde elas se movem uma contra a outra. A equipe de pesquisa considerou primeiramente injetar uma substância parecida com o cimento para fixar os limites das placas, mas enfrentaram dificuldades em fazer com que a ela se espalhasse efetivamente em razão de sua viscosidade. É aí que a bactéria entra.

Ilustração: Asahi

Íons de carbonato expelidos por certos tipos de bactéria podem reagir com o cálcio na água do mar para formar carbonato de cálcio, um substituto parecido com cimento para criar fricção. Uma cultura de bactéria é deslizante e pode entrar com facilidade em espaços entre as placas, e as próprias bactérias são autorreprodutivas, então elas se multiplicam e se espalham com facilidade. Do total de 4 tipos de bactérias testadas, a equipe descobriu que a “Sporosarcina ureae” produziu a maior quantidade de carbonato de cálcio.

Em experimentos realizados usando uma máquina de teste de fricção e abrasão que replicou as condições nos limites das placas, o uso da Sporosarcina ureae aumentou a quantidade de fricção em cerca de 10%. Com esses resultados promissores, é possível ver uma maneira para a bactéria limitar o quanto as placas se movem de uma vez e reduzir o tamanho do tsunami que o deslocamento cria.

O estudo está sendo realizado por uma equipe do Instituto de Kochi para Pesquisa de Amostras de Núcleo da Agência Japonesa para Tecnologia e Ciência da Terra, liderada por Yohei Yamada.

Ainda há muitos desafios para a equipe de pesquisa, tal como injetar a bactéria nos limites das placas. “Estamos longe da aplicação prática de nossas descobertas, mas o estudo para aumentar a força do carbonato de cálcio rochoso está progredindo”, disse Hamada.

Fonte: Asahi, Mainichi
Imagem: Asahi, YouTube (NHK, National Geographic)

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Quais os tipos de pessoas mais picadas por mosquitos?

Publicado em 7 de agosto de 2017, em Saúde, Bem-Estar e Cotidiano

Especialistas mostram o que atrai os mosquitos e por que algumas pessoas são mais picadas que outras.

“O sangue que os mosquitos mais gostam é o tipo O” ou “Os mosquitos te picam porque você está fora do peso” são frases muito ouvidas sobre o assunto. Certamente todos já as ouviram. Mas será que são verdadeiras? Se pesquisar um pouco a fundo, pode-se determinar quais são os tipos de pessoas que os mosquitos gostam de picar.

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Não podemos esquecer que os mosquitos transmitem muitas doenças infecciosas como encefalite japonesa, dengue, zika, malária, entre outros. Veja nesta matéria o que fazer para não ser picado, o que devemos fazer para nos prevenir e alguns mitos sobre o assunto.

“Índice de ser picado por mosquitos”

Existe um site no Japão que merece atenção neste aspecto. Trata-se do “蚊に刺され指数” (Ka ni Sasare Shisu), ou “Índice de ser picado por mosquitos”, em tradução livre. Este site é hospedado pela Earth Chemical, uma das maiores fabricantes de inseticidas do Japão.

Dentro do site, o sistema calcula a “pontuação de suscetibilidade à picadas de mosquitos” a partir de 16 perguntas sobre a predisposição e condição física do visitante. O visitante começa inserindo alguns dados como sexo e tipo sanguíneo para depois começar a responder perguntas sobre “Qual a cor da sua pele?”, “Você come rápido”, “Você transpira com facilidade?”, entre outros. Você pode acessá-lo clicando aqui (apenas em japonês).

Contudo, o que este site utiliza de prova para calcular esse índice?

Especialista explica o assunto

Toshiaki Ikeshiyoji e seu livro

No “mundo científico dos mosquitos”, existe uma espécie de bíblia para os pesquisadores. Trata-se do livro “ (Ka), ou simplesmente mosquito. É um livro de 300 páginas muito completo sobre o assunto.

Segundo o escritor do livro Toshiaki Ikeshiyoji (84), ex-professor da Universidade de Tóquio que pesquisou o assunto por mais de meio século, “as pessoas grandes (fora do peso) são facilmente picadas por serem muito visíveis aos mosquitos e por produzirem bastante odor corporal. Também são bastante picadas as pessoas que possuem temperatura corporal elevada ou que transpiram facilmente.”

Os mosquitos detectam a respiração humana

O primeiro ponto que o professor discutiu foi a capacidade sensorial de detecção de gás carbônico (CO2) dos mosquitos. Os dois sensores denominados “palpos maxilares” são os responsáveis por identificarem o ar exalado pelos humanos.

A concentração de gás carbônico na atmosfera é de 0.035% enquanto na respiração humana esse número equivale a aproximadamente 4.5%. Os mosquitos surpreendentemente conseguem perceber uma mudança mínima de 0.01% na concentração e detectar a dispersão da exalação em um ambiente sem ventos a uma distância de 5m.

Você já deve ter sido picado à noite após ter ingerido álcool, não é mesmo? Isso acontece porque uma grande quantidade de gás carbônico é liberada durante a digestão/decomposição do álcool. Como o CO2 é exalado junto com a respiração, os mosquitos começam a se aproximar. “As pessoas que beberam álcool são mais suscetíveis à picadas de mosquitos“, explica o professor.

Tipos de pessoas mais picadas:

1 – Pessoas com temperatura corporal elevada

Outra coisa que o professor citou foram os sensores aveludados nas antenas dos mosquitos. A quantidade total é de aproximadamente 2.000 sensores. Dentre eles, há sensores de detecção de temperatura.

Estes conseguem detectar uma mudança de 0.05ºC na temperatura. Uma sensibilidade 10 vezes mais aperfeiçoada do que os humanos. Os mosquitos possuem uma sensibilidade suficiente para detectar uma diferença mínima na atmosfera causada pela pele exposta. “Pessoas com temperatura corporal elevada são bastante picadas por mosquitos“, disse o professor.

2 – Os mosquitos gostam de cores escuras

Os mosquitos não possuem a mesma capacidade de reconhecer as cores dos humanos, mas uma das teorias mais aceitas explica que esses insetos conseguem distinguir as cores através do comprimento de onda da luz dentro da região ultravioleta, que não pode ser vista pelos humanos. Um teste foi feito para tentar comparar qual a cor que chama mais a atenção dos mosquitos entre o preto, azul, vermelho, marrom, verde, amarelo e branco.

Neste teste, pode-se comprovar que a cor que mais atrai os mosquitos é o preto enquanto a branca é a que menos atrai. Além disso, outro teste nacional comparava que as pessoas queimadas pelo sol viram alvos dos mosquitos.

Além do preto ser uma cor de segurança para os mosquitos, o preto consegue absorver o calor do sol e aumenta a temperatura corporal de quem estiver vestindo roupas de cores escuras.

A título de curiosidade, um estudo realizado na África que analisou a quantidade de mosquitos-de-estábulo que sugavam animais com a pelagem listrada no padrão preto-e-branco como as zebras e vacas da região, comprovou que os mosquitos tendem a sugar o sangue através das partes mais escuras.

3 – Os mosquitos gostam do cheiro dos pés

Os 2.000 sensores, além de detectar a temperatura, conseguem detectar o ácido lático e ácido graxo (gordura), que são responsáveis pelo cheiro de suor. Logo, as pessoas fora do peso ou que suam facilmente são grandes alvos de mosquitos.

A título de curiosidade, uma pesquisa comprovou que os pés são as partes do corpo mais suscetíveis à picadas. As solas dos pés são áreas com grande concentração de glândulas sudoríparas e o cheiro (de suor) fica mais intenso no verão, sugere a pesquisa.

4 – O sangue tipo O é o preferido?

Talvez um dos pontos mais intrigantes sobre o assunto. Apenas um local no Japão realizou um experimento que testou qual o tipo sanguíneo preferido pelos mosquitos. O experimento foi conduzido por Yoshikazu Shirai, diretor do Instituto da Tecnologia de Controle de Pestes.

Shirai pediu para 64 voluntários de tipos sanguíneos variados colocarem um dos braços dentro de uma caixa cheia de mosquitos e analisou a porcentagem de insetos que pararam nos braços deles de acordo com o tipo sanguíneo.

Esta pesquisa conseguiu comprovar que existe uma espécie de “favoritismo” entre os tipos sanguíneos. A ordem crescente dessa porcentagem ficou: Tipo O > Tipo B > Tipo AB > Tipo A. Ou seja, existe uma grande diferença estatística entre os tipos O e A;

Mas por que o Tipo O é o preferido? Shirai explicou que os mosquitos são atraídos por determinadas substâncias expelidas especificamente por cada tipo sanguíneo. Devido a isso, o diretor passou essas substâncias na pele e tentou comprovar sua tese.

Contudo, Shirai não observou uma grande diferença no resultado. Logo, Shirai falou que “existem diversos fatores sobre a suscetibilidade à picadas de mosquitos, e desejo que todos levem esses resultados como uma tendência.”

Este teste de tipo sanguíneo é realizado diversas vezes nos EUA e na Europa há mais de 40 anos. Assim como o teste conduzido por Shirai, a maioria comprovou que o Tipo O é o preferido. Entretanto, ainda não há uma conclusão final sobre o assunto.

Métodos de prevenção

Algumas maneiras de prevenir as picadas de mosquitos a partir das teorias citadas acima.

Limpe sempre seu corpo

Os mosquitos adoram o cheiro de suor. Logo limpe adequadamente o suor. Principalmente as solas dos pés que possuem muitas glândulas sudoríparas.

Vista roupas com cores coloridas e folgadas

Afaste-se das roupas escuras e escolha roupas brancas ou coloridas. Caso a “vítima” estiver vestindo roupas “justas” e finas, há a possibilidade do mosquito picá-la por cima da roupa. Logo vista roupas mais folgadas e pouco agarradas.

Não ande pelas ruas depois de ter bebido álcool

Após a ingestão de álcool, os mosquitos serão atraídos pelo gás carbônico exalado. Não ande por longos períodos nas ruas.

Tome cuidado com lugares de descanso após o exercício físico

Obviamente, durante e após o exercício físico, o corpo produz muito suor e gás carbônico. Evite descansar em lugares com pouco vento, senão você pode virar “refeição de mosquitos”.

Tome cuidado com o cheiro de perfumes

Com exceção da época de desova, os mosquitos normalmente sugam o néctar das flores. Os perfumes com odor de flores podem atrair os mosquitos dependendo da fórmula utilizada. Contudo, muitos mosquitos não gostam de perfumes mais cítricos. Tome muito cuidado se você costuma passar perfume.

Fonte: NHK News

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