Fim do casamento: difícil separação de casais brasileiros no Japão

Conversa com o Psicólogo Cristian Stassun, que atende online casos de separação de brasileiros no Japão.

Separação é difícil em qualquer lugar do mundo 

A comunidade brasileira no Japão é numerosa, formada principalmente por famílias que têm a difícil tarefa de conciliar trabalho e cotidiano em um país com características tão diferentes de sua terra natal. Muitos casais passam por crises acarretadas por diversos fatores.

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O Psicólogo Cristian Stassun atende muitos casais que passam por problemas, e deixou alguns conselhos.

Separação de casais brasileiros no Japão

Cristian: Estou há 15 anos atendendo do Brasil, online, pessoas que vivem no Japão. O formato é o mesmo: 1. Brasileiros que se casam com Japoneses. 2. Casais que deixam o Brasil e vão viver no Japão. 3. Brasileiros que se conhecem no Japão. Incrivelmente o número de casos de sofrimento principalmente de mulheres nessa condição são cada vez maiores. Nem sempre culpa dos maridos, mas o choque de cultura é grande, até para os nisseis e sanseis. O tratamento dos homens japoneses com as mulheres, na maioria das vezes muda do perfil Brasileiro, e as mulheres têm expectativas diferentes.

Trabalhar em fábricas japonesas, a mudança de ritmo trabalhando quase todos os dias, o clima e o povo mais fechado acabam criando um clima diferente dos casos que atendo de outros países. No Japão, além do inverno rigoroso, temos eventos climáticos extremos e a distância da família Brasileira é muito maior. Também o custo de se virar sozinho depois de uma separação no Japão é maior, se ganha bem, mas as coisas são muito mais caras frente ao padrão brasileiro. Esses fatores deixam a possibilidade de escolher novos horizontes sozinho, mais difícil.

No Brasil, o fenômeno dos casamentos flutuantes que duram pouco é cada vez mais comum. A média da relação brasileira atual é de 3 anos e está diminuindo com os anos, as pessoas não se toleram e se tem muita oportunidade com as redes sociais de achar outras pessoas, de se trair ou trocar, como se troca um objeto qualquer. Isso por conta da disponibilidade de pessoas. No Japão também há relacionamentos curtos e separações, mas a disponibilidade de pessoas é menor, e o fator do dinheiro, da sobrevivência e da carência afetiva causam filas de pessoas atrás de remédios para depressão e problemas de ansiedade e estresse por conta de relacionamentos destruídos e… mantidos. E tem um fator preocupante no Japão, a escassez de psicólogos é grande, nem todo brasileiro que mora no Japão fala japonês, então não consegue estabelecer uma conversa inteira com o psicólogo e muitos psicólogos que atendem online, não tem experiência internacional, com o fenômeno que acontece aí.

Sobre casais que não conseguem se separar

O sofrimento vem como sintomas de pessoas que mantêm casamentos falidos e relações destrutivas.

Muitos se sentem numa prisão da própria escolha, feita às vezes desde o Brasil. Pensaram numa vida melhor no Japão, mas que de verdade, com menos dinheiro, seria melhor ter ficado no Brasil. Então as pessoas adoecem, e daí vem o problema da depressão… O problema principal que eu vejo está na incapacidade da pessoa escolher, de não conseguir se separar, trocar de emprego, ou voltar para o Brasil. Se a pessoa está nessas condições sociais e econômica frágeis, poucos amigos e rede de suporte, e dinheiro contado, fica difícil escolher separar e querer vida nova. Então ela trava, fica imóvel sofrendo, quieta aturando o companheiro, pois ela já cansou de brigar, discutir e sofrer. Mas permanece lá vivendo, vegetando, passando as horas e mais horas de sofrimento dentro de casa e espalhado durante o trabalho, e até mesmo junto da família.

Sobre ficar no Japão ou voltar ao Brasil

Não é o primeiro caminho, essas pessoas que sofrem precisam de ajuda. Os psicólogos dão esse suporte em três tipos de escolhas: 1. Aceitação a condição que vivem, tentando mudar a si mesmos para mudar as reações da outra pessoa do casal, entendendo os pontos positivos da relação. 2. Terapia de Casal, onde o psicólogo é o mediador da relação, ajuda os dois a criarem acordos, e a decidirem juntos as soluções para relação. 3. Separação e Superação, quando os limites do casal já foram ultrapassados, quando é inevitável por motivos como agressão, traição ou crises prolongadas.

Voltar para o Brasil pode ser um caminho, mas a felicidade e bem-estar não estão relacionados simplesmente ao regresso ou a um lugar, pois a pessoa deve refletir também, o que lhe fez ir para um país novo. Conseguindo criar laços no Japão, conviver com pessoas de qualidade afetiva, o que na maioria das vezes são outros brasileiros é um dos caminhos aconselhado. Veja, sei que existem eventos promovidos e divulgados para brasileiros no Portal Mie, onde se pode conhecer gente nova, ir atrás de novas oportunidades de emprego, mudar de cidade e sair do ciclo de pessimismo que arrasta a pessoa ainda mais para o choro ou para o buraco da solidão. Só para deixar claro que o país não define felicidade, ela está dentro de você, com suas escolhas, com seus planos de futuro, com a realização de seus sonhos, com fazer o que ama, com largar o que te faz mal, ali podes encontrar a felicidade, e pode quer em qualquer lugar, partindo de dentro de você.

Sinais do fim do casamento

Existem três pontos chave para se analisar num relacionamento:
1. O sentimento amoroso
2. Amizade e parceira
3. A sociedade financeira.

Do primeiro motivo, preciso dizer que atendo muitos casais que não tem mais vida sexual, e simples assim, anulam a função do sexo. Focam nos filhos, na vida cotidiana e vivem num “silêncio mortal” quando se pensa no assunto: sexo entre eles. Reclama que: Não tem mais tesão, a libido foi embora, o cônjuge ficou desleixado com o corpo, o amor acabou, a raiva apareceu e do nada pararam de transar, e estão ali, vivendo juntos e se chamando de marido e esposa. Atendi um casal certa vez que estava 7 meses sem transar, morando num lugar lindo da Europa e os 2 jovens e muito bonitos. As traições naturalmente apareceram, mas estavam lá juntos, aprisionados.

Há casais que coexistem dentro de uma casa e nem se tocam. O grande problema nisso tudo, é o sofrimento. Talvez um esteja tranquilo, tocando a vida, traindo o outro, ou só trabalhando e descontando no trabalho, e o outro, que pode ser quem está lendo essa entrevista agora, como fica essa pessoa?

Separação inevitável

Um exercício que faço com meus pacientes é pensar na “tendência do casal” ou a “matemática do tempo”, como se imaginassem um gráfico vendo seus últimos meses e anos, e se questionando se a relação está oscilando, está piorando (gráfico só caindo) ou melhorando. Se em tantos meses a linha só foi para baixo, a tendência dos próximos meses e anos é qual? A tendência é piorar, claro, mas isso é suportável? Depois perguntamos, você ama a outra pessoa? Tem vezes que o psicólogo questiona a própria pessoa: me convença de que você quer mesmo separar. 

Só quando não há mais alternativas e todos estão 100% convencidos de que separar é a única opção que lhe resta, o passo está em focar na estratégia de separação.

Nesse momento a palavra correta é a “conversa”, fazer que antes de tudo se tente negociar entre o casal um acordo de ganha-ganha entre eles. Primeiro convencer o parceiro que chegou ao fim e depois negociar o justo. Adianto isso para ajudar o leitor do Portal Mie, pois separações litigiosas são um problema sem fim quando se mora no exterior.

Ajuda profissional

Um profissional adequado pode ajudar o casal a superar momentos de crises conjugais, encontrar melhores soluções para sua vida e buscar a decisão correta.

Eu atendo online pessoas do mundo todo, e faço parte de uma equipe de Psicólogos focados em terapia de casal e separações difíceis atendidos 100% pela internet.

Para mais informações é possível contato pelo Whatsapp com Cristian Stassun pelo link http://bit.ly/whatspsicologo ou +5547988021740.

Os textos publicados nesta página não refletem necessariamente a opinião do Portal Mie, são de criação e responsabilidade do autor Cristian Stassun

Cristian Stassun é psicólogo (CRPSC-06880) e atende online há 15 anos, possui Doutorado em Ciências Humanas (UFSC), Doutorado em Comunicação (Università di Roma), Mestrado em Psicologia (UFSC), Especialização em Psicologia Clínica e Graduação em Psicologia.

Informações sobre seu trabalho em seu website.

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A mais nova exportação de empresas ferroviárias japonesas: pontualidade de classe mundial

Publicado em 19 de agosto de 2019, em Brasil

O consórcio da Mitsui-JR West aumenta participação para dar uma reviravolta na ferrovia brasileira.

Novo trem da SuperVia na estação Nilópolis, em 2014 (Wikimedia/Marcelo Horn)

Enquanto países emergentes competem para construir seus próprios sistemas de transporte, empresas ferroviárias japonesas estão tentando firmar pedidos para auxiliar essas nações a adotar o conhecimento do Japão sobre sua mundialmente famosa pontualidade de serviços de trem.

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Um consórcio japonês formado pela Mitsui & Co, West Japan Railway e a Join de fundo público-privado investiram 20 bilhões de ienes (US$188 milhões) para adquirir uma participação de cerca de 90% na SuperVia, empresa ferroviária brasileira. A meta é dar uma reviravolta em sua operação conturbada ao aplicar sua experiência na operação de trens.

Como fabricantes de materiais rolantes na China e Europa alavancam suas escalas para capturar rapidamente pedidos para vagões de trens, rivais japonesas estão focando em sua força única ao garantir pontualidade mesmo sob um cronograma de trem extremamente apertado.

A SuperVia, que atende o estado do Rio de Janeiro, é conhecida pelos seus significantes atrasos de trens. Os trens chegam tão tarde que muitos passageiros migraram para ônibus. O número de usuários caiu do pico de 1 milhão nos anos 2000 para cerca de 600.000.

“Vamos introduzir nosso know-how e estabilizar os negócios”, disse Yasushi Shimizu, gerente geral da divisão de projeto de transportes da Mitsui.

O consórcio japonês cresceu além da participação de 24% na SuperVia que foi adquirida primeiro indiretamente pela Mitsui, grande empresa comercial, em 2014. Ao mudar a estrutura de domínio para uma participação maioritária, as empresas podem instituir mais facilmente reformas ao sistema de cinco linhas, de 270Km. O negócio representa a primeira vez que uma empresa japonesa assumiu controle acionário em uma empresa ferroviária no exterior, de acordo com a Mitsui.

Primeiro, os parceiros investirão cerca de 3 bilhões de ienes ano ao ano ao instalar sistemas de sinalização de última geração. O número de pontos de sinalização será expandido monitorar melhor a localização de trens e os horários de chegada.

Isso permitirá que a operadora aumente o número de chegadas por hora ao reduzir a distância entre trens. Manutenção renovada de linhas de trem e atualização de equipamento elétrico também diminuirão o número de suspensões de serviço.

O mercado ferroviário global deve aumentar em 2,7% ao ano até 2023, de acordo com a Associação de Indústria Ferroviária Europeia, ou Unife. O crescimento é apoiado pelo aumento populacional no mundo em desenvolvimento, assim como pressão para mais transporte público como meio para combater a mudança climática.

Lar para 30% do número anual de usuários de trem do mundo, o Japão é considerado a capital dos trens do mundo. Graças à expertise de operadoras ferroviárias, trens chegam e partem a cada minuto durante a hora do rush de Tóquio. Seu conhecimento é particularmente útil para países em desenvolvimento que sofrem com congestionamento e poluição.

Fonte: Asia Nikkei

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