Drama de Okinawa com 66 casos de infecção nas bases americanas

Festas e churrascos desde junho podem ser a causa das infecções nas bases americanas. Por conta disso, prefeitura aplica testes nos japoneses.

Médico aplica teste PCR gratuito em frente à Prefeitura de Chatan (Okinawa Times)

Na semana anterior a imprensa local soube que a gestão das bases americanas alugou o hotel Double Tree by Hilton, na cidade de Chatan, por 2 meses – julho e agosto – para acomodar os americanos e seus familiares como uma das medidas no controle da epidemia do novo coronavírus nas bases de Okinawa. 

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Isso revoltou a população local pois, além dos casos sequenciais de infecção, esse hotel que fica em área turística, próximo ao American Village, coloca os residentes, trabalhadores e turistas em risco. 

Tanto que a prefeitura de Chatan realizou um dia de testes gratuitos para funcionários dos bares, restaurantes e casas noturnas da cidade, bem como para clientes que  frequentaram esses estabelecimentos, no domingo (12). Foram aplicados 130 testes PCR gratuitamente para quem atendeu à convocação desde o dia anterior. 

Chatan tem muitos estabelecimentos frequentados pelos militares americanos, por isso, a população local está preocupada com o alastramento da infecção. 

Hotel Double Tree by Hiton, em Chatan, ao lado da American Village (Okinawa Times)

Tensão com 66 casos 

Os 66 casos – informados – nas bases americanas instaladas em Okinawa são 39 em Futenma, 22 em Hansen, 1 em Kinsey, todos recentes, mais 3 em março no de Kadena e 1 no McTureous em 1.º deste mês.

Entre os dias 7 a 12 deste mês foram 62 testados positivo. Por isso, o gabinete do governador fez 6 pedidos às forças armadas norte-americanas e ao governo do país:

  1. divulgação imediata do número real de pessoas infectadas 
  2. fechamento completo das bases de Futenma e Hansen e prevenção da expansão da infecção (já estão em lockdown)
  3. elevar a vigilância nas bases ao mais alto nível e repatriar os infratores para os EUA 
  4. proibição de transferência dos EUA para Okinawa (os militares não passam pela quarentena dos aeroportos como os passageiros comuns)
  5. as medidas de restrição implementadas no hotel da cidade de Chatan devem ser realizadas dentro da base (retirada dos hóspedes do hotel)
  6. as bases devem fornecer todas as informações sobre sistemas médicos e de inspeção 

Portão da base de Futenma, com medição de temperatura dos que chegam (Ryukyu Shimpo)

“Estamos dando a maior prioridade à segurança e à saúde dos cidadãos da província. Solicitamos a realização de testes PCR em todos os funcionários que trabalham nas bases de Futenma e Hansen. Estamos trabalhando como se estivesse ocorrendo uma segunda onda de infecção”, declarou Deny Tamaki, governador.  

Festas e churrascos 

Desde cerca de 17 de junho os militares americanos, com seus convidados japoneses e outros estrangeiros, vêm realizando beach parties e churrascos, já que os militares da Marinha estavam liberados para comer fora e desfrutar dos momentos de lazer fora das bases.

Em 13 de junho foi realizado um grande churrasco em uma das praias do vilarejo de Nakagusuku, com centenas de convidados, cujas fotos foram postadas nas redes sociais mostrando aglomeração.

No Dia da Independência, 4 deste mês, foi realizado um outro grande churrasco no Parque Kimutaka, em Uruma, mesmo sem pedido de autorização, desde a tarde até a noite. O caso foi descoberto porque a polícia foi chamada pelos vizinhos por causa do barulho.

O presidente da associação dos moradores de Nakagusuku, Kuniaki Aragaki, testemunhou jovens estrangeiros em um desses dias de festa. Relatou que não usavam máscara. “Talvez tenham relaxado mas não se pode baixar a guarda. A propagação é assustadora. Pode ser que eles (militares) não queiram mostrar a realidade mas acho que devem fornecer informações”, disse. 

O dono de um restaurante em Kin, perto da base, disse que gostaria que os americanos fornecessem informações precisas, caso contrário fica difícil tomar medidas preventivas.

Ainda não se sabe ou não há informação sobre a causa dessas infecções, se foi por clusters dentro ou fora das bases. 

Fontes: Okinawa Times, Ryukyu Shimpo, NHK e ANN 

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Novo coronavírus é detectado em amostra de esgoto de Yamanashi

Publicado em 13 de julho de 2020, em Sociedade

Os pesquisadores disseram que essa é a primeira vez que tal descoberta no Japão foi reportada em um jornal acadêmico.

Um teste PCR (ilustrativa/banco de imagens PM)

Pesquisadores encontraram o novo coronavírus no esgoto na província de Yamanashi, uma descoberta a qual eles dizem que poderia ajudar a detectar uma segunda onda de infecções.

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Liderados por Eiji Haramoto, professor da Universidade de Yamanashi, e pelo professor assistente da Universidade de Hokkaido, Masaaki Kitajima, pesquisadores das duas instituições coletaram 13 amostras de instalações de tratamento de esgoto e rios por 5 dias entre 17 de março de 7 de maio.

As amostras foram concentradas antes de serem submetidas a testes de reação em cadeia da polimerase (PCR). A que testou positivo havia sido coletada do esgoto em 14 de abril.

As 12 restantes haviam sido coletadas quando o número de novas infecções diárias na província de Yamanashi estava entre 0 e 1. O número havia aumentado para vários em meados de abril.

Até 25 de junho, o número total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus na província era de 72.

Haramoto disse em 26 de junho que o estudo mostrou a possibilidade de detectar o novo coronavírus em áreas com poucos casos de infecções.

“Também é possível que possamos detectar o vírus de pessoas sem sintomas”, disse ele.

O novo coronavírus aparentemente decorrente de excrementos de pessoas infectadas foi detectado no esgoto nos EUA, França e outros lugares.

O monitoramento do esgoto pode ajudar autoridades de saúde pública a ver quanto o vírus se espalhou ou se a situação melhorou quase em tempo real porque os resultados de testes podem ser entregues no mesmo dia em que as amostras são coletadas pela manhã, de acordo com os pesquisadores.

Primeira publicação do tipo no Japão em jornal acadêmico

O artigo da equipe foi publicado em 20 de junho no jornal online de ciência ambiental Science Direct. Toque aqui para abrir o link.

Os pesquisadores disseram que essa é a primeira vez que tal descoberta no Japão foi reportada em um jornal acadêmico.

Antes, um outro grupo de pesquisadores da Universidade da Província de Toyama e da Universidade de Kanazawa haviam dito que detectaram o novo coronavírus no esgoto, mas eles não publicaram um artigo sobre sua descoberta.

Fonte: Asahi

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