Dono de fábrica em Nagoia escolhe vietnamita como seu sucessor

O dono japonês começou a considerar um sucessor quando ele tinha 60 anos. Seu filho mais velho trabalha em outro lugar e não estava interessado em assumir a empresa.

Esse caso particular está sendo apontado como uma abordagem inovadora em meio à crescente dependência do Japão por trabalhadores estrangeiros (ilustrativa/banco de imagens)

Com a sobrevivência de micro, pequenas e médias empresas ameaçadas pela falta de líderes da próxima geração, o presidente de uma companhia que processa papel especial na cidade de Nagoia (Aichi) nomeou um gerente vietnamita como seu sucessor.

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“Como temos clientes, tenho responsabilidade em continuar a empresa. Estou aliviado que temos uma ideia clara de quem será o sucessor”, disse o presidente da Nagao Shiko, Yasutaka Nagao, de 72 anos, que administra uma fábrica no distrito de Nishi e emprega seis pessoas.

É extremamente raro para empresas do tipo, a maioria administradas por pessoas da própria família, escolherem um sucessor estrangeiro. Esse caso particular está sendo apontado como uma abordagem inovadora em meio à crescente dependência do Japão por trabalhadores estrangeiros.

Nagao fundou a empresa em 1969 após concluir a universidade, resgatando um negócio que seu pai havia interrompido. Grande parte dos pedidos da empresa consistiam de folhas revestidas para fraldas descartáveis, mas essa categoria diminuiu drasticamente quando as fabricantes mudaram a produção para o exterior.

No entanto, a Nagao Shiko realizou um negócio intenso com fabricantes de veículos e firmas da indústria alimentícia que dependem da alta habilidade técnica da empresa. A companhia produz agora filme laminado usado em baterias de carros e no processo de fabricar marmitas embaladas vendidas em lojas de conveniência, e seu desempenho é bom.

Nagao começou a considerar um sucessor quando ele tinha uns 60 anos. Seu filho mais velho trabalha em outro lugar e não estava interessado em assumir a empresa. Após pensar bastante, a próxima pessoa que veio a sua mente foi o gerente da fábrica, o vietnamita Nguyen Duc Truong de 34 anos.

Truong veio ao Japão em 2005 como estagiário técnico e conseguiu residência permanente após se casar com uma japonesa. Ele encontrou a empresa através de um escritório da Hello Work e se juntou a ela em 2008.

O presidente da Nagao Shiko, Yaustaka Nago (à dir.) com Nguyen Duc Truong (à esq.), vietnamita que foi escolhido como sucessor de Nagao (foto de 5 de fevereiro de 2019/Mainichi)

Embora lhe faltasse experiência, Truong tinha mãos habilidosas e aprendeu várias tarefas. O vietnamita conquistou a absoluta confiança de Nagao através de sua vigorosa abordagem ao trabalho, reparando máquinas quebradas, consertando vazamentos na fábrica e fazendo expansões no local tudo por conta própria.

Anos atrás, quando Nagao perguntou a ele se gostaria de assumir a empresa, Truong ficou surpreso e também se sentiu pressionado. “Mas fiquei feliz que (Nagao) colocou tanta confiança em mim e eu decidi proteger a empresa”, lembra Truong.

Acredita-se que cerca de 95% das micro, pequenas e médias empresas sejam administradas por famílias e elas enfrentam a urgente questão de quem assumirá a presente geração de líderes.

Pesquisa indica que pequenas e médias empresas não têm candidatos para sucessor

De acordo com uma pesquisa de 2016 – 2017 realizada pela Tokyo Shoko Research cobrindo 4.303 empresas de médio porte e 3.984 de pequeno porte, 30,9% das médias e 32,4% das pequenas disseram que não tinham um candidato sucessor ou não havia um decisão em relação a isso.

Cerca de 2,1% das médias e 17,2% das pequenas disseram que as presentes gerações seriam as últimas das empresas.

“As empresas precisam iniciar novas linhas de negócios que se enquadram nas épocas”, diz especialista

O professor Hirokazu Hasegawa da Escola de Graduação de Negócios e Finanças da Universidade de Waseda, especialista em sucessão de negócios, frisou: “Se (um líder de negócios) não consegue encontrar um sucessor dentre seus familiares, é natural escolher um funcionário de confiança, independentemente de sua nacionalidade”.

“As empresas precisam iniciar novas linhas de negócios que se enquadram nas épocas, além de manter os negócios existentes para tornar o trabalho de presidente promissor e atraente para sucessores”, frisou.

Nagao tem a intenção de “trabalhar enquanto estiver fisicamente forte”, mas ele tem grande expectativas para Truong. “Seu desempenho no trabalho e personalidade contam. Eu não posso pedir mais do que ele como sucessor”.

Fonte: Mainichi

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Empresas japonesas desenvolvem vacinas contra dengue, cólera e malária

Publicado em 2 de abril de 2019, em Sociedade

Novas vacinas designadas para combater a disseminação da febre da dengue, cólera e malária ao usar o mais moderno em tecnologia biofarmacêutica.

Vacinas fabricadas com o mais moderno em tecnologia biofarmacêutica (ilustrativa/banco de imagens)

Fabricantes japonesas de medicamentos estão preparando novas vacinas para o mercado, designadas a combater a disseminação da febre da dengue, cólera e malária ao usar o mais moderno em tecnologia biofarmacêutica.

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A Takeda Pharmaceutical solicitará aprovação de sua vacina para febre da dengue no próximo ano, na esperança de lançar o produto em 2020. A empresa fornecerá a vacina em países asiáticos e latino-americanos onde muitas das 3,9 bilhões de pessoas que correm o risco de contrair a doença vivem.

Outras empresas de medicamentos buscam comercializar vacinas feitas de plantas geneticamente modificadas. No ano passado, a Astellas Pharma iniciou testes clínicos de uma vacina oral contra a cólera derivada do arroz. A Mitsubishi Tanabe Pharma visa comercializar tecnologia que produz rapidamente uma vacina contra influenza a partir de folhas de tabaco.

A Nobelpharma está desenvolvendo uma vacina contra malária junto com a Universidade de Osaka, visando comercializar a vacina no fim do ano de 2020. A vacina deve repelir a disseminação de uma doença que infecta mais de 200 milhões de pessoas ao ano e resulta em mais de 400 mil mortes, a maioria entre crianças.

Somente quatro fabricantes de medicamentos, como a Pfizer nos EUA, controlam 90% do mercado global de vacinas de 27 bilhões de dólares. A demanda deve aumentar 7% anualmente juntamente com o crescimento populacional.

O lucro nesse campo é pequeno comparado ao de medicamentos para tratar o câncer, mas o baixo risco de expiração de patentes suporta o faturamento fixo.

A pesquisa de vacinas também se beneficia de financiamento sustentável fornecido por grupos reconhecidos internacionalmente, como a Bill & Melinda Gates Foundation, assim como de subsídios estatais.

Fonte: Asia Nikkei

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