Com escassez de mão de obra no Japão, restaurantes investem em aberturas no exterior

A falta de mão de obra torna a expansão doméstica uma proposta difícil.

O Zensho Holdings vai acelerar as aberturas de sua rede Sukiya no exterior para 100 por ano (Flickr/Sun Taro)

A profunda escassez de mão de obra do Japão está levando duas grandes redes de restaurantes a buscar crescimento longe de casa.

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O Zensho Holdings, o maior operador de restaurantes do país, vai acelerar as aberturas de sua rede Sukiya no exterior para 100 por ano. O âmbito inclui a China e outros mercados, sendo que o ritmo seria 10 vezes mais rápido que sua recente expansão no Japão.

O Ringer Hut, que opera uma rede de restaurantes de noodles, visa triplicar suas lojas no exterior para 50 até o ano 2020.

Os operadores de restaurantes do país estão sofrendo com uma grave escassez de trabalhadores. Em janeiro passado, a proporção de vagas disponíveis para cozinheiro por candidato era de 3.5 – a maior desde 1995, quando o governo começou a acompanhar esses números. A falta de mão de obra torna a expansão doméstica uma proposta difícil.

O Zensho já tem cerca de 1.950 restaurantes Sukiya no Japão. Sua rede no exterior totaliza 370, com presença em oito mercados incluindo a China e Tailândia.

O Ringer Hut, que opera uma rede de restaurantes de noodles, visa triplicar suas lojas no exterior para 50 até o ano 2020 (Wikimedia/Nesnad)

O plano agora é limitar as aberturas nacionais. Somente 10 restaurantes Sukiya foram abertos no Japão no ano fiscal de 2017.

A Ringer Hut, que atualmente opera 16 restaurantes no exterior, está buscando se inserir em locais como Indonésia e Tailândia.  A rede tem foco no champon – uma sopa de noodles da província de Nagasaki. Para aumentar as vendas nas regiões com grande concentração de muçulmanos, a empresa planeja usar caldo de frango ao invés de porco, que é proibido no Islã.

O número de restaurantes japoneses no exterior foi de 118 mil desde outubro, alta de 30% em comparação há dois anos, de acordo com o Ministério da Agricultura do Japão. Na Ásia, o total aumentou em 50% no mesmo período.

Fonte: Nikkei
Imagem: Flickr, Wikimedia

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Empresas limitam quantidade de produtos de beleza vendidos para turistas estrangeiros

Publicado em 7 de abril de 2018, em Sociedade

Empresas de cosméticos estão limitando as vendas para lidar com os problemas causados pelas compras em massa de turistas estrangeiros, principalmente chineses.

Produtos da Shiseido em loja de departamento (imagem ilustrativa)

Empresas japonesas fabricantes de produtos de beleza estão tomando medidas que vão contra as estratégias normais de negócios: elas estão limitando as vendas para alguns de seus melhores clientes individuais.

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As compras em massa de produtos para pele e cosméticos japoneses por turistas estrangeiros levaram a reclamações por parte das empresas de que itens populares estão sempre fora de estoque.

Além disso, acredita-se que vários turistas estejam comprando a maior quantidade de produtos possível no Japão para revendê-los no exterior para terem lucros. Lojas de cosméticos dizem que tais revendas se tornaram notáveis no ano de 2015.

Turistas, que consideram de alta qualidade os cosméticos japoneses, estão oferecendo um grande negócio para a indústria de cuidados estéticos.

A Shiseido, a Kose e a Pola venderam para turistas estrangeiros um valor combinado de 93.9 bilhões de ienes ($883 milhões) em produtos de beleza no ano de 2017, alta de 80% em comparação a 2015.

Os chineses foram o maior grupo de turistas que vieram ao Japão ano passado.

Contudo, as empresas de cosméticos estão agora limitando as vendas para lidar com os problemas causados pelas compras em massa.

Avisos limitando a quantidade de produtos que podem ser adquiridos

As lojas da Fancl no Japão colocaram avisos em japonês e chinês em fevereiro, dizendo que as compras de seu Mild Cleasing Oil estão limitadas a 10 unidades por semana, por cliente.

Os mesmos produtos da marca estão disponíveis na China através de uma rede de distribuição oficial, mas os preços são um pouco caros devido aos custos de exportação e de liberação da alfândega.

Revendedores que compram em grandes quantidades no Japão podem vender os produtos da Fancl na China a preços bem mais baratos em comparação aos de lojas tradicionais no país, mas mais caros que os valores no Japão.

A Fancl disse que a medida para limitar as compras feitas por turistas no Japão visa proteger a imagem de sua marca e os lucros de sua loja oficial na China.

A Albion, subsidiária da Kose, limitou as vendas de seu skin milk a um item por dia por cliente desde o ano passado, anunciando a regra em seu site oficial em japonês, chinês e inglês.

A Albion disse que foi forçada a tomar a medida porque a produção não conseguia acompanhar o ritmo da alta demanda entre os turistas estrangeiros.

Desde fevereiro, clientes em lojas de departamento em Ginza (Tóquio) e outros estabelecimentos podem comprar apenas uma unidade do sérum da marca Shiseido por dia.

As lojas também postaram avisos em japonês, chinês e inglês que proíbem a compra de produtos da Shiseido com a intenção de lucrar.

Contudo, ainda resta saber se as novas regras terão o efeito desejado.

“Mesmo com o limite sobre unidades disponíveis, um intermediário que parece ser da China vem comprando os produtos em nossa loja ao trazer cerca de 20 turistas que concordam em colaborar”, disse um representante de uma das lojas de departamento.

Fonte: Asahi
Imagem: Bank Image

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