Inverno rigoroso muda o consumo e esgota vendas de aquecedores

As ondas de frio intenso mudaram o panorama do consumo no Japão. Há segmentos que comemoram e outros se entristecem. Veja quais são.

Neve e frio rigoroso depois de 38 anos em Tóquio (Yahoo)

Dias contínuos de frio rigoroso e outros com neve não costumeira, fizeram os consumidores reagir rapidamente.

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Repentinamente as vendas de aquecedores subiram ao ponto de desaparecer de algumas cadeias de lojas de eletroeletrônicos. O volume de vendas da época foi de 40% a mais que o ano anterior. A Panasonic vendeu 30% mais e a Dainichi teve 20% de vendas acima da média, os seus aquecedores de cerâmica.

Vendas sobem assustadoramente para alegria dos fabricantes e lojas

Consumo de roupas de inverno

Outro setor que já se prepara as vendas de primavera teve um aumento repentino de vendas de casacos mais pesados e agasalhos de penas. A expectativa é que o segmento de confecção continue vendendo ainda mais com essa nova onda de frio a partir de 1.º deste mês.

Desde 22 de janeiro as vendas de agasalhos de inverno estão em alta nas lojas de departamento, pesquisou o jornal econômico Nikkei. Isso se deve à onda de frio intenso registrada depois de décadas, em meados de janeiro.

Outras peças que venderam acima da média, cerca de 40% a mais, foram meias mais quentes masculinas, pijamas masculinos e femininos.

Outro segmento que comemora vendas triplicadas é de calçados. Fazia muito tempo que não vendiam tantas botas à prova d’água. Só no período de neve intensa, entre 22 e 24 de janeiro, as vendas foram de 300% mais.

Neve e os veículos

Obviamente, outro segmento que comemora é de acessórios para veículos, cujas vendas de pneus aumentou subitamente. Segundo a rede Autobacs a venda de correntes foi de 7 a 8 vezes mais do que a média em janeiro.

Neve interfere no consumo de hortaliças

Como os preços das cenouras e acelgas continuam lá em cima, as donas de casa precisam ser criativas. Nos supermercados de Tóquio a substituição ocorreu pelos cogumelos. Os do tipo shimeji e eringi venderam cerca de 20% a mais do que o normal.

Criatividade das donas de casa na substituição da verduras caríssimas (Umami)

Frio e neve interferem negativamente

Se alguns segmentos comemoram outros amargam por causa dessas condições climatológicas.

Por causa da neve os meios de transporte público operam com horários irregulares ou param. Isso e o frio afetam o lazer das pessoas. Um dos maiores parques temáticos do Japão, a Tokyo Disneyland lamenta que seus clientes não possam vir nesses dias.

O economista sênior Satoshi Osanai, do Instituto de Pesquisa Daiwa, avalia que a neve afeta o bolso das pessoas que trabalham como arubaito. Se esses trabalhadores se atrasam ou faltam ao trabalho receberão o salário com redução.

Fonte: Nikkei
Fotos: Yahoo, Amazon e Umami

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Rede social impulsiona vendas das câmeras digitais no Japão

Publicado em 2 de fevereiro de 2018, em Economia

Uma determinada rede social deu um empurrão e, pela primeira vez em 7 anos, houve crescimento no segmento de câmeras digitais.

Novo vento trouxe calor nas vendas de câmeras digitais no Japão (Asahi)

Em segundo plano por conta dos smartphones que possuem câmeras de alta definição, as vendas das chamadas digi-cameras estavam frias.

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No entanto, por conta da palavra mais usada em 2017 a curva deu um salto, pela primeira vez em 7 anos.

No ano passado foram vendidos 24,98 milhões de câmeras digitais só no mercado japonês. Traduzindo em moeda, as vendas foram de 102,33 bilhões de ienes. Só a Fuji Film teve um aumento de 40,3% nas vendas. Mas outras também comemoram, como a Casio e a Olympus.

Tudo isso se atribui a uma palavra que leva à ação: instabae (インスタ映え). Significa fotografar ou filmar para o Instagram.

Para ostentar a melhor foto e ganhar muitos corações os jovens não poupam esforços. Para isso adquirem câmeras digitais, principalmente as mirrorless que permitem trocar as lentes.

Câmeras mirrorless

As do tipo mirrorless têm sido as queridinhas dos fotógrafos amadores. Elas não têm aquele conjunto de espelhos e prismas para levar a imagem, objeto da foto, ao visor. Capturam a imagem pela lente e essa vai diretamente para o sensor. Uma das vantagens é que são mais leves e de tamanhos mais compactos que as Digital Single Lens Reflex ou simplesmente DSLR.

Custam na faixa dos 70 mil ienes, preço mais acessível. Segundo levantamento das lojas, as vendas das câmeras digitais subiu cerca de 10% por causa da instabae.

A maior parte das vendas têm sido para as mulheres jovens. Elas querem efeitos que nem todas as câmeras dos smartphones não permitem como boke, pele bonita e colorido vivo, por exemplo.

Efeitos do fenômeno da rede social Instagram (Asahi)

Outra palavra nova

Por causa dessa onda de instabae outra palavra surgiu no mercado – instatokuju (インスタ特需), que significa demanda especial por causa do Instagram.

Com a alta demanda e a sede pela ostentação de boas fotos no Insta, o mercado se adequa oferecendo cursos de fotografia. Há classes exclusivas para mulheres que querem aprender a fotografar pratos gourmet, acessórios e o mundo fashion.

Lojas e points se esforçam para criar ambiente ou cenário exclusivo para a instabae.

O Japão está vivendo o auge do fenômeno Instagram. 

Fontes: NHK e Asahi
Fotos: Asahi

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