Reinauguração da casa brasileira no Meiji Mura tem participações verde amarela

A casa brasileira dentro do Meiji Mura, um museu a céu aberto, foi reinaugurada em grande estilo com participações verde amarela. Confira como foi.

Casa brasileira trazida de Registro-SP, conserva memórias dos imigrantes japoneses no Brasil

Meiji Mura é um imenso museu a céu aberto, onde as obras de arte são a arquitetura das edificações antigas, transportadas de sua origem ou reconstruídas em réplicas. Nesse parque e museu há um espaço onde 3 casas fazem o público relembrar da migração dos japoneses para outros países. A primeira delas é uma casa trazida de Seattle (EUA), a outra do Havaí e a terceira, do Brasil.

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A casa brasileira do Meiji Mura é original, construída pelo casal Kubota, natural da província de Nagano, migrante em Registro-SP. Na época, o casal contratou 3 marceneiros japoneses para construí-la em 2 pisos, no melhor estilo japonês usando materiais brasileiros. A madeira para a construção foi retirada da floresta das terras desbravadas para posterior agricultura.

O piso inferior servia como um paiol e cozinha nos fundos, sendo que os quartos ficam no pavimento superior. A casa, que é um sobrado, foi edificada usando a madeira canela-preta como vigas, assim como para os assoalhos. Ficou pronta em 1.919.

Foto da casa na época em Registro-SP e ao lado, réplica do navio Kasato-maru que transportou os primeiros imigrantes japoneses para o Brasil

Casa que simboliza a imigração japonesa no Brasil

Em março de 1.975 a casa chegou a Meiji Mura, como símbolo da luta e sacrifício dos imigrantes japoneses no Brasil. Tanto que no pavimento inferior, o visitante logo vê a réplica do navio Kasato-maru, o qual transportou os primeiros japoneses para as terras brasileiras. Aliás, uma réplica idêntica foi doada pelo Meiji Mura ao Brasil, no Museu da Imigração.

Com uma arquitetura considerada avançada para a época, a casa traz consigo as memórias impregnadas tanto nas suas paredes quanto nas ferramentas e objetos usados no dia a dia dos chamados “colonos” japoneses. São enxadas, serrotes, fogão a lenha, peneira de café, torradeira de café, entre outros, que remetem ao sacrifício e suor do trabalho desses desbravadores que contribuíram para a agricultura e desenvolvimento do Brasil.

A visita à casa faz o relógio voltar aos tempos dos ancestrais da maioria dos brasileiros que residem no Japão. Por isso, o passeio é imperdível.

Cerimônia formal com corte de fita para marcar a reinauguração da casa brasileira de Registro no Meiji Mura

Reinauguração com presenças ilustres japonesas e brasileiras

A casa de Registro, a qual foi registrada como patrimônio histórico em fevereiro de 2.004, passou pela sua primeira reforma. Foram investidos 47 milhões de ienes em toda a reforma, desde a base ao telhado. Assim como a casa, os objetos lá dentro também passaram por polimentos e consertos.

A reinauguração foi marcada por uma solenidade, com corte de fita, como manda o figurino, na sexta-feira (28).

Abrilhantaram a solenidade o vice-prefeito da cidade de Inuyama (Aichi), Seiji Ozawa, presidente da Associação de Irmandade de Nakatsugawa (Gifu), Jun Sugimoto, direção do Meiji Mura e representante da Associação Internacional de Komaki, Tohoru Kanbe, pelo lado japonês, acrescidos do cônsul-geral do Brasil em Nagoia, Arnaldo Caiche D’Oliveira, acompanhados dos vice-cônsules Fábio Magalhães e Felipe Salgueiro. Também estiveram presentes um casal de artistas brasileiros em residência cultural na cidade de Quioto (província homônima), Rafael Lain e Angela Detanico, mais 23 alunos do ensino médio do Colégio Isaac Newton, de Minokamo (Gifu), acompanhados dos professores.

A cerimônia teve discursos, corte de fita, apresentação e explicações sobre a casa.

Depois do corte da fita de reinauguração, os alunos brasileiros do Colégio Isaac Newton posam junto com as autoridades

Intercâmbio cultural marca o almoço

Os alunos do Colégio Isaac Newton foram convidados pelo cônsul-geral para finalizar esse passeio e a participação na solenidade, para um almoço em um dos restaurantes do parque e museu.

Depois de saborearem um “omuraisu” (arroz embrulhado no omelete), os alunos comentaram sobre o passeio. Muitos deles visitaram o Meiji Mura pela primeira vez e acharam interessante observar detalhes arquitetônicos das obras.

Dois pontos altos marcaram o horário da sobremesa. O aluno Victor K. Saito se apresentou, revelando-se campeão da categoria júnior do Campeonato WATA, da arte marcial taekwondo.

O casal de artistas, Rafael e Angela, que reside na França há 15 anos, famoso no mundo, contou o que é a profissão de artista em uma mini palestra. Os jovens ouviram atentamente como se os neurônios do cérebro de cada um começassem a criar uma nova rede neural, tamanha a curiosidade despertada. De forma doce e suave, Angela descreveu o que é ser artista no mundo contemporâneo. Angela e Rafael responderam carinhosamente a cada uma das perguntas feitas pelos jovens.

Casal de artistas explica o que é arte: “é um convite à mudança”, explica, aguçando a curiosidade dos alunos

Meiji Mura

  • Inaugurado em março de 1.965
  • Área: um milhão de metros quadrados
  • Total de obras arquitetônicas: 67
  • Parque e museu com áreas verdes, trem a vapor, lojas de souvenirs, restaurantes, cafés, amplo estacionamento, etc.
  • Endereço: Aichi-ken Inuyama-shi Uchiyama 1
  • Ingressos: ¥1.700 (adulto), ¥1.300 (3a. idade),¥1.000 (estudante colegial) e ¥600 (estudante do primário até ginasial). Há preços especiais para grupos fechados.
  • Web page: http://www.meijimura.com/

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Empresa investe ¥63 bilhões para aumentar produção de robôs no Japão

Publicado em 1 de maio de 2017, em Sociedade

Nova fábrica de robôs será construída em Ibaraki para atender o aumento nos pedidos. Veja mais.

A robusta demanda por parte de indústrias chinesas foi o motivo para o investimento (YouTube/Fanuc)

A Fanuc vai construir uma nova fábrica de robôs industriais na província de Ibaraki para responder à voraz demanda das fabricantes chinesas.

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A empresa japonesa anunciou o investimento de 63 bilhões de ienes ($566 milhões) na quinta-feira (27). A fábrica, que poderá entrar em operação em agosto de 2018, terá uma produção mensal inicial de 2.000 robôs. Essa quantidade será eventualmente elevada para 4.000.

A Fanuc só aumentou recentemente sua capacidade total para robôs industriais no Japão para 6.000 unidades após o início de produção em uma fábrica em Chikusei (Ibaraki). Entretanto, a empresa já está trabalhando para aumentar o número para 7.000 até o final do ano. Visto que a demanda poderá ultrapassar o fornecimento, a Fanuc aumentará eventualmente a capacidade para 11.000 unidades.

Abraçando a automação

Fabricantes chinesas são as maiores condutoras do crescimento da demanda, visto que elas continuam aumentando os esforços para automatizar as operações nas fábricas em meio aos altos custos de trabalho e a uma mão de obra com menos vontade de realizar serviços braçais.

Mesmo as empresas de pequeno e médio porte não têm opção além de mudar para robôs industriais e aumentar a eficiência para sobreviver à intensa competição.

Os custos de trabalho crescem anualmente, mas os robôs podem trabalhar por ao menos 10 anos sem um “aumento salarial”, disse um dirigente de uma empresa de processamento de peças na China. A demanda chinesa continuará robusta por enquanto, disse ele.

Fonte: Nikkei
Imagem: YouTube/Fanuc

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