Lula chega à Polícia Federal em Curitiba para começar a cumprir pena

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde ele ficará preso e cumprirá a pena.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro (Wikimedia/Arquivo ABr)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou neste sábado (7), por volta das 22h (10h de domingo (8) no horário do Japão) ao prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde ele ficará preso e cumprirá a pena. Mais cedo, ele desembarcou no Aeroporto Internacional Afonso Pena, na capital paranaense, e veio até a superintendência em um helicóptero da instituição.

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Lula será levado para uma sala especial que foi reservada para ele. O local funcionava como dormitório para agentes da PF e foi transformada em uma sala de Estado Maior para receber o ex-presidente. No espaço, há apenas uma mesa, uma cadeira, uma cama e um banheiro. Há ainda uma janela que dá vista para a parte interna do prédio.

A chegada do ex-presidente foi acompanhada por manifestantes favoráveis e contrários e o clima foi de tensão. Foram explodidas bombas de efeito moral para conter a multidão a favor de Lula.

Separados por um espaço de 30 metros, os grupos gritavam palavras de ordem. Apoiadores de Lula se emocionaram, cantaram e gritavam palavras de ordem. Com bandeiras de movimentos sociais, entidades sindicais e de partidos políticos, o grupo usou um sinalizador ao saber que o ex-presidente havia desembarcado na capital paranaense.

Do outro lado, manifestantes contrários ao ex-presidente comemoraram a prisão com fogos de artificio, buzinas e bandeiras do Brasil.

A chegada de Lula ao local foi negociada pela defesa dele com a PF. A negociação ocorreu desde sexta-feira (6), quando terminou o prazo determinado pelo juiz federal Sérgio Moro para que Lula se apresentasse voluntariamente à polícia em Curitiba.

Decisão da Justiça

Atendendo a um pedido da prefeitura de Curitiba, o juiz Ernani Mendes Silva Filho deferiu a liminar determinando a saída dos manifestantes das áreas próximas à Superintendência da Polícia Federal. Segundo o órgão, os manifestantes não podem transitar na área, também não podem impedir o trânsito de pessoas e ainda não devem se abster de montar estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade, sem prévia autorização municipal.

De acordo com a prefeitura, a aglomeração de pessoas no local poderia causar “transtornos aos moradores da região e grave lesão à ordem e à segurança pública.”

Na decisão, o juiz afirma que “há um justo receio de turbação ou esbulho, o que ficou comprovado através dos noticiários, que registram a prática de confrontos em diversas localidades – em especial na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo -, com pessoas feridas e baleadas, assim como agressões à jornalistas e vandalismos em prédios públicos e particulares – à exemplo do ocorrido no imóvel de propriedade da Presidente do Supremo Tribunal Federal -, o que não se pode admitir no Estado Democrático de Direito.”

São Bernardo do Campo

Após dois dias no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, Lula se entregou à Polícia Federal aproximadamente às 18h40, mais de 24 horas após o prazo dado pelo juiz Sérgio Moro. Antes disso, o político fez um longo discurso, no qual relembrou sua trajetória política, criticou o Judiciário, a imprensa, o processo que levou à sua condenação e disse que a prisão não encerrará suas ideias e os sonhos da população.

No fim da tarde, ele foi levado para a Superintendencia da PF em São Paulo para fazer exame de corpo de delito e, por fim, ao Aeroporto de Congonhas, de onde decolou para a capital paranaense em uma aeronave monomotor modelo Cessna 210.

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, condenou Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em julho do ano passado, mas o ex-presidente ganhou o direito a aguardar a prisão em liberdade. A condenação é relativa ao processo que investigou a compra e a reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. Moro afirmou na sentença que as reformas executadas no apartamento pela empresa OAS provam que o imóvel era destinado ao ex-presidente em troca de ajuda a empreiteira OAS em contratos com a Petrobras.

Em janeiro deste ano, o TRF4, segunda instância da Justiça Federal, julgou os primeiros recursos da defesa do ex-presidente e do Ministério Público Federal (MPF) e aumentou a pena para 12 anos e 1 mês de prisão. No fim de março, a Oitava Turma do tribunal julgou um novo recurso, que também foi rejeitado. Em tese, caberia o último recurso, os chamados embargos dos embargos, que poderiam ser protocolados até o dia 10 de abril. No entanto, na decisão em que decretou a prisão, Moro explicou que, embora caiba mais um recurso contra a condenação de Lula, a medida não poderá rever os 12 anos de pena.

Outros dois processos em que o ex-presidente é investigado tramitam na Justiça do Paraná. Um trata do sítio em Atibaia. No primeiro, apura-se se que o sítio foi dado a Lula pelas construtoras Odebrecht, OAS e Schahin, que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), também teriam financiado obras de melhorias na propriedade. No outro, é investigada suposta compra de um terreno por parte da construtora Odebrecht que seria usado como sede para o Instituto Lula.

Via Agência Brasil
Imagem: Bank Image

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Vários locais famosos de sakura ficam cheios de lixo após hanami

Publicado em 7 de abril de 2018, em Sociedade

Muitas imagens de lixo espalhado após hanami foram compartilhadas na mídia social. Quantidade de sujeira deixada para trás neste ano foi grande.

Flores de cerejeira no Parque Tsuruma, província de Aichi (Wikimedia/アラツク)

As flores de cerejeira mostram suas lindas pétalas na primavera e, todos os anos, residentes locais e visitantes do exterior se reúnem sob as árvores para fazer um piquenique e admirar a beleza do sakura.

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Contudo, com tantas pessoas levando lonas para estender no chão e pratos de comida e bebidas alcoólicas para grupos grandes de amigos e colegas de trabalho, esses piqueniques podem se tornar uma festa embriagada até o final da noite e no momento que o sol nasce, ele ilumina o lado mais escuro do hanami: pilhas de lixo deixadas para trás.

Pessoas no Japão compartilharam imagens da situação do lixo em vários locais de visualização do sakura em todo o país, dizendo que estão horrorizadas com a quantidade de sujeira deixada para trás após o hanami.

Em um país onde as pessoas são ensinadas desde pequenas a não jogar lixo em qualquer lugar e estão acostumadas a levá-lo para casa quando não encontram um local apropriado para descartá-lo, essas fotos mostrando sujeira em alguns dos lugares mais belos para ver sakura enfureceram muitos.

Esse usuário do Twitter abaixo compartilhou a imagem de uma “montanha de lixo” em um parque local e comentou que a sujeira não coberta  atrai pássaros, que se metem nos sacos de lixo e espalham o que há dentro, causando uma grande bagunça que incomoda os residentes locais.

“Após se divertir, por favor leve o lixo consigo!”

A Associação de Parques de Tóquio enviou o seguinte tuíte, pedindo às pessoas que tomem mais cuidado e levem o lixo quando voltarem para casa.

Em Nakameguro, muito lixo foi visto perto de árvores e em pontes ao longo do rio Meguro.

Funcionários do parque no Castelo de Kokura, em Kitakyuhsu (Fukuoka) compartilharam imagens de galhos de sakura quebrados, grelhas de churrasco abandonadas e lixo espalhado.

O usuário do Twitter @rireki114514, que registrou uma foto no Parque Tsuruma, em Nagoia (Aichi), não conteve sua angústia, dizendo que ver moradores de rua limpando a sujeira no parque foi triste e o fez sentir uma profunda vergonha.

Enquanto muitos possam argumentar que é de responsabilidade do conselho da cidade em disponibilizar mais locais para eliminar o lixo e melhores sistemas para prevenir o problema, mesmo no Parque de Ueno, onde há um amplo número de áreas apropriadas para descarte, pilhas de sujeira ainda eram enormes.

Na internet, várias pessoas fizeram comentários como:

“É terrível que as pessoas não considerem o próximo que usarão o espaço. E se fossem elas aquelas que tivessem que usar o espaço? Elas sentiriam nojo”.

“Isso é o que acontece quando as pessoas ficam bêbadas e esquecem as boas maneiras”.

“Se isso continuar acontecendo, os parques poderão proibir o hanami em seus locais”.

Fonte: Sora News
Imagens: Twitter, Facebook, Wikimedia

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