Japão busca medidas para ajudar estrangeiros em casos de desastres

Diversas cidades no Japão estão realizando esforços para dar suporte a estrangeiros em momentos de desastres naturais. Veja mais.

Iwate, após o Grande Terremoto do Leste do Japão em março de 2011

Esforços realizados por governos locais em todo o Japão estão em curso para dar suporte a estrangeiros em momentos de desastres naturais, visto o crescente número de tais cidadãos, mostrou uma pesquisa da agência de notícias Kyodo.

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A pesquisa cobriu os 50 principais municípios, incluindo a maioria dos 23 distritos de Tóquio com um grande número de residentes estrangeiros, e 3 outras grandes cidades em Shizuoka, Niigata e Kumamoto.

Trinta e dois municípios, ou cerca de 60%, já formularam algum tipo de instruções de emergência para dar suporte aos estrangeiros.

Kobe, na província de Hyogo, que tem a 4ª maior população estrangeira e sofreu um terrível terremoto de magnitude 7.3 em 1995, compilou o manual mais detalhado, especificando maneiras de reunir informações, estabelecendo serviços de consultas e enviando intérpretes em um fluxograma.

Seis governos municipais, incluindo Sagamihara, na província de Kanagawa, colocaram mensagens de instrução como “recomendação para evacuação” e “o médico está chegando” escritas em inglês, tailandês e filipino em cada abrigo.

Yokohama, também em Kanagawa, que tem a 2ª maior população estrangeira, e Kobe também ofereceram treinamento a intérpretes voluntários e tradutores para que eles possam auxiliar estrangeiros em abrigos e escritórios do governo.

Entretanto, o suporte para estrangeiros ainda não é suficiente na região de Kyushu-Okinawa, que inclui a província de Kumamoto.

Fonte: Japan Today
Imagem: Bank Image

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Izumo alcança 2 mil brasileiros e há previsão de aumento na Murata

Publicado em 21 de abril de 2017, em Comunidade

A cidade de Izumo (Shimane) voltou a ter 2 mil brasileiros e há previsão de aumento desse número de residentes. Saiba mais.

Refeitório da Murata de Izumo (Asahi)

Conhecida pelo santuário xintoísta Izumo Taisha e pela Murata Seisakusho, a cidade de Izumo (Shimane) tem uma população de 170 mil pessoas, sendo que 2 mil são brasileiros. Por conta dos residentes verde amarelos, o jornal Asahi desta quinta-feira (20) trouxe uma extensa matéria, dando destaque a ela.

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Durante a visita no refeitório da indústria Murata, o jornalista se deparou com o uso do português e pratos voltados para brasileiros. A reportagem ilustra os 1.500 brasileiros empregados por 2 empreiteiras, as quais trabalham com o sistema de contrato de “ukeoi” ou seja, assumem as linhas de produção.

Uma das empreiteiras, a Avance Corporation, informou para o jornalista que 20 anos atrás se aproximou da Murata e passou a fornecer mão de obra brasileira para a indústria, com o mesmo salário dos japoneses.

“Os brasileiros são indispensáveis” na Murata

Segundo o jornal, um dos responsáveis pela gestão de pessoas da indústria disse “o número de pessoas que deixa de trabalhar é pequeno, o número de dias trabalhados é grande e com a falta de trabalhadores nos dias atuais, eles (os brasileiros) são indispensáveis”.

Emílio Masaharu Yamauchi, 58, é um deles, nissei, com pais oriundos de Kumamoto. Segundo a matéria, era agricultor no Brasil e há 8 anos veio com sua família, esposa e 2 filhos. “Meu corpo ainda aguenta. Pensando na educação dos filhos, acho que vamos continuar residindo em Izumo”, declarou.

Um dos funcionários brasileiros recebendo o prato de arroz com feijão no refeitório da Murata (Asahi)

Número 1 no mundo no que produz e aumento de brasileiros

Segundo a matéria, a Murata Seisakusho é a número 1 na produção de capacitores cerâmicos para smartphones. Portanto, são os trabalhadores brasileiros que contribuem fortemente para isso. De acordo com a reportagem, “responsável por esse volume de produção e com a demanda global, a Murata de Izumo aumentou uma unidade de produção desde o ano passado. Comprou um terreno e tem objetivo de ampliar ainda mais o quadro de trabalhadores brasileiros”.

O presidente da Avance Corporation, Takaharu Hayashi, 66, disse que sua empresa tem 20 responsáveis brasileiros capazes de serem intérpretes para exercerem diversas funções em Izumo. Acompanham os compatriotas no hospital, para ver imóveis, fazem transporte e até orientam na separação do lixo. Ainda assim, há reclamações por parte da vizinhança japonesa. “Estamos constantemente preocupados com a questão de evitar atrito com a comunidade local”, disse.

A comunidade brasileira no Japão é fortemente influenciada pela situação econômica, como por exemplo o estouro da bolha antes de entrar no ano 2.000 e o Lehman Shock em 2.008. De mais de 310 mil brasileiros em 2.007, atualmente a comunidade se reduziu a 180 mil, explica a matéria.

Desafios da cidade de Izumo

Um dos desafios da cidade de Izumo é em relação à educação das crianças estrangeiras. Em 2.013 havia 27 e esse número quadruplicou. Atualmente são 111 crianças que necessitam de orientação para o idioma japonês. Dessas, 78 são verde amarelas. O município aumentou o quadro de professores especializados, passando de 6 para 12 e ainda assim o quadro é insuficiente. Isso porque as crianças requerem orientação particular, principalmente no primário.

O município tem uma meta diferente de outros do país. Estabeleceu que deseja que 30% dos estrangeiros residam por longo tempo, ou seja, mais de 5 anos na cidade. Para isso, tem como um dos planos mediar moradias mais em conta, entre outros. Conta com a ajuda da NPO que acolhe as crianças depois do horário escolar para uma extensão de ensino.

Como um ponto de encontro, os brasileiros contam com o MK Bar, próximo a prefeitura, onde se serve comida brasileira.

Takaharu Hayashi, presidente da Avance Corporation (Asahi)

Brasileiros yonsei têm chance de trabalhar no Japão?

Segundo a matéria, pela Avance Corporation já passaram 50 mil brasileiros, durante toda sua história.

O jornalista pergunta a respeito da discussão se amplia a vinda dos yonsei, para suprir a falta de mão de obra no país.

“Se houver uma ampliação para a concessão desse tipo de visto de permanência, penso que há muitos que desejam vir ao Japão. Por outro lado, se for só para suprir a falta de mão de obra, penso que poderá ocorrer problemas”, explica. O governo japonês não tem a intenção de adotar a política da imigração. O pensamento de que os estrangeiros venham para suprir a demanda e depois retornem aos seus países está enraizado.

“No entanto, o emprego dos nikkeis brasileiros já chega aos 30 anos. Muitos deles já possuem residência permanente. Meu pensamento sempre foi de que devemos interagir com eles não apenas como um ‘trabalhador’ mas como ‘uma pessoa’, assim poderíamos ter uma boa forma de convivência”, encerra Hayashi.  

Para ler a matéria completa, em japonês, clique aqui.

Fonte e fotos: Asahi Shimbun

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