Tsunami de 2011: pai está determinado a encontrar todos os restos mortais de sua filha

Sua filha, na época com 7 anos, desapareceu durante o tsunami de 2011. Veja mais.

Norio Kimura procura pelos restos mortais de sua filha Yuna na área de Okuma, em Fukushima (Imagem: Mainichi)

“Eu não vou parar de procurar até eu encontrar todos os restos mortais dela”. Essas são as palavras do determinado pai Norio Kimura, de 51 anos. Sua filha, na época com 7 anos, desapareceu durante o tsunami após o Grande Terremoto de Tohoku em 11 de março de 2011.

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Seis anos se passaram após o desastre e Kimura já não vive mais na área de Okuma. Ele decidiu se mudar para Hakuba, na província de Nagano, no verão de 2011, após os residentes receberem ordem de evacuação. Entretanto, apesar de viver em uma outra província, Kimura retorna frequentemente à Okuma de carro, que agora tem mais de 200.000km percorridos após 5 anos de uso, em busca de todos os restos mortais de sua filha.

Após 5 anos sem traços de Yuna, uma pequena evolução ocorreu em dezembro de 2016

Após 5 anos sem traços de Yuna, uma pequena evolução ocorreu em 9 de dezembro de 2016. Um cachecol e um osso de pescoço de alguns centímetros de comprimento foram encontrados na costa por um trabalhador local, a cerca de 200 metros da antiga casa de Kimura. Uma análise de DNA revelou que o osso pertencia à Yuna, e Kimura foi comunicado rapidamente sobre a descoberta.

Posteriormente, outros ossos e dentes pertencentes à Yuna também foram encontrados na área, e entregues à Kimura no início deste mês pela Polícia de Futaba, na província de Fukushima. “Disseram-me que esses são alguns do restos mortais de Yuna, mas não dá para sentir desta maneira”, disse Kimura após receber essas pequenas partes.

A filha de Kimura foi a única pessoa em Okuma a continuar desaparecida por um longo período de tempo. A cidade foi sujeita a uma ordem de evacuação, devido a sua localização perto da usina nuclear Fukushima Daiichi, e isso quis dizer que uma busca minuciosa em grande escala não foi realizada até recentemente. Kimura aceita esta decisão com relutância: “O fato das autoridades não procurarem por ela foi muito frustrante”. No entanto, levando em conta a dosagem de radiação em torno desta área, ele não protestou contra o fato agressivamente.

Todo mês, Kimura vai ao local onde morava para procurar os restos mortais da filha

Todo mês, Kimura retorna à Okuma para procurar os restos mortais de Yuna. Em março de 2017 um jornalista do departamento de Nagano acompanhou o pai determinado e seus conhecidos em uma de suas buscas – observando as flores colocadas na área onde os restos mortais de Yuna foram parcialmente encontrados.

Após os primeiros restos mortais de Yuna terem sido encontrados em dezembro de 2016, um alto funcionário da TEPCO (Tokyo Electric Power Company), que gerencia a usina de Fukushima, visitou o local em respeito, mas o gesto não foi suficiente para Kimura. “Eu queria que eles viessem aqui há 6 anos”, disse o pai. Eles dizem que as áreas afetadas estão se recuperando, mas Yuna foi simplesmente abandonada, apesar do fato de seus restos mortais ainda estarem nesta área”.

Fonte e imagem: Mainichi

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Japão revisa medidas contra gripe aviária em meio a temores de possível pandemia

Publicado em 15 de março de 2017, em Saúde, Bem-Estar e Cotidiano

A preocupação é crescente após uma propagação global da gripe aviária neste inverno. Veja mais.


Funcionários do governo japonês e cientistas estão buscando atualizar medidas em preparação para qualquer pandemia de influenza entre os humanos, em meio a crescentes preocupações após uma propagação global da gripe aviária entre aves neste inverno.

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Pesquisadores planejam revisar a estimativa do governo relacionada a danos que podem ser causados por uma possível pandemia de influenza, visto que ela foi elaborada há mais de 1 década e não reflete a recente situação médica da nação.

Para o inverno no Japão, a constatação da estirpe H5N6 do vírus altamente patogênico teve início em novembro passado entre aves, incluindo aquelas mantidas em fazendas em algumas áreas e, desde então, se espalhou pelo país.

Houve mais de 200 casos de infecções por gripe aviária confirmadas entre aves silvestres desde o início de fevereiro. Infecções em granjas levaram a abates em massa, realizados por autoridades locais.

De acordo com Yoshihiro Kawaoka professor de virologia do Instituto de Ciência Médica da Universidade de Tóquio, a realização de medidas imediatas em fazendas é importante porque, ao falhar, isso aumentaria o risco do vírus ganhar entrada nos corpos de outros animais ou humanos e se transformar em um tipo mais suscetível de causar uma pandemia.

Governos em todo o globo começaram a intensificar medidas após a estirpe H5N1 do vírus ter matado 6 pessoas em Hong Kong no ano de 1997.

O Japão criou seu primeiro plano de ação sobre medidas em 2005, com estimativa baseada em um modelo dos Estados Unidos de que até 640.000 pessoas poderiam morrer da doença. Em linha com o plano de ação, o Japão estocou vacinas contra a estirpe H5N1 da gripe.

A estirpe H5N1 se tornou mais diversa com sua disseminação em vários locais, incluindo áreas extensas da Ásia e do Oriente Médio, o que significa que vacinas podem não ser eficazes o suficiente para algumas variedades.

Uma equipe liderada por Hiroshi Nishiura, professor de epidemiologia de doenças infecciosas na Universidade de Hokkaido, está planejando elaborar um cenário de danos atualizado levando em conta múltiplas condições, e com base em estimativas e análises feitas por especialistas em vários campos.

Fonte: Kyodo via Japan Today
Imagem: Bank Image

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