Kawasaki (centro) deixará seu posto em 1º de abril. Um sucessor será decidido pelo painel em breve (NHK/reprodução)
A Kobe Steel admitiu na terça-feira (6) que sua falsificação de dados continuou por cerca de cinco décadas e também revelou novos casos de fraude.
A terceira maior fabricante de aço do Japão, com 112 anos de história, disse que seu CEO renunciaria para assumir responsabilidade pela disseminação da fraude de dados que veio à tona em 2017, embora dúvidas permaneçam em relação a sua cultura corporativa e a possibilidade de multas futuras.
Turbulência em redes de fornecimento globais
A Kobe Steel, que fornece produtos de aço a fabricantes de carros, aeronaves e trens em todo o mundo, admitiu no ano passado que forneceu produtos com especificações falsificadas a cerca de 500 clientes, causando turbulência em redes de fornecimento globais.
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A empresa, ao anunciar os resultados de uma investigação de quatro meses realizada por um comitê externo, disse que havia descoberto novos casos de impropriedade, ampliando o número total de clientes afetados para 605, incluindo 222 no exterior.
“Ofereço minha demissão porque acredito que medidas preventivas devem ser realizadas sob uma nova gestão”, disse Kawasaki (NHK/reprodução)
CEO deixa o posto em 1º de abril
“Eu sinto muita responsabilidade, visto que nossa falsificação de dados causou problemas para tantos clientes”, disse o CEO e presidente Hiroya Kawasaki em uma conferência de imprensa.
“Eu ofereço minha demissão porque acredito que medidas preventivas devem ser realizadas sob uma nova gestão”, disse ele.
Kawasaki deixará seu posto em 1º de abril. Um sucessor será decidido pelo painel em breve, disse a empresa.
Ações inapropriadas foram generalizadas e realizadas com o conhecimento e envolvimento de muitos, incluindo a gestão, disse a empresa.
A Kobe Steel também anunciou a renúncia do vice-presidente executivo Akira Kaneko e cortes salariais temporários de até 80% de todos os diretores internos e oficiais executivos.
Fonte: Japan Today, Reuters Imagem: NHK
