Japoneses têm dificuldade para tirar férias

Ao contrário dos brasileiros e franceses que desfrutam os 30 dias, saiba por que os trabalhadores japoneses têm dificuldade para tirar férias.

Férias: trabalhadores japoneses querem desfrutar, mas não conseguem

O governo divulgou esta semana o índice de dias de férias desfrutadas. Foi menos da metade: média de 49,4% em 2016.

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O relatório de quarta-feira (27) mostra que no setor de restaurantes e hoteleiro o índice é de apenas 32,8%. Nos que amargam falta de mão de obra como construção civil, varejo, estilo de vida e entretenimento, educação e apoio à aprendizagem também fica na casa dos 30%.

Mas no passado não foi assim, como em 1993, quando os japoneses usaram mais da metade dos seus dias de férias (56,1%).

Férias: preocupação do governo

Comparando com outros países, os japoneses estão em último lugar segundo pesquisa da Expedia. Por isso são chamados de workaholic ou trabalhadores compulsivos.

De acordo com o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, “não há cultura para desfrutar das férias nas empresas japonesas. Há muitas pessoas que veem dificuldade em tirar férias enquanto chefes e colegas estão trabalhando”. Isso é preocupante para o governo.

O governo aponta que no exterior as próprias empresas estimulam seus funcionários a cumprirem as férias remuneradas. “É preciso criar uma cultura organizacional no Japão”, apontou. A meta do ministério é elevar o índice para 70% e planeja diretrizes para as empresas estimularem seus funcionários a gozarem de pelo menos 5 dias consecutivos das férias remuneradas a que tem direito.

Sentimento de culpa em tirar férias: Japão é campeão (Expedia)

Motivos de não tirar férias

Uma pesquisa da Biglobe apontou os principais motivos para não tirar férias. O primeiro foi “não há clima para isso”, com 34%. Outros, logo em seguida foram se eu folgar, os colegas ficam sobrecarregados, os colegas e o chefe não costumam tirar férias, tenho atividades que não estão sob meu controle.

Na pesquisa da Expedia sobre o sentimento de culpa por desfrutar das férias, o índice do Japão é o maior de todos, com 63% ou exatamente 3 vezes maior do os dos brasileiros (21%).

Férias no Brasil e nos outros países

A Expedia Japan publicou a análise de uma pesquisa global realizada este ano, entre mais de 15 mil pessoas do mundo. O relatório foi publicado em 11 deste mês. Mostra que o Japão é o que menos tira férias remuneradas dentre os 30 países analisados.

100% dos dias de férias no Brasil, França, Espanha e Austrália. Japoneses só tiram 50% dos seus dias de direito (Expedia)

Ao contrário dele, os trabalhadores do Brasil, França, Espanha e Austrália gozam dos 100% dos dias de férias estabelecidas pelas respectivas leis trabalhistas.

Além do Japão ter menos dias de férias estabelecidas, chegando ao máximo de 20 dias por ano, os trabalhadores usam apenas 50%.  

As pesquisas são indicadores de que é preciso repensar seriamente a respeito delas. Existem para que os trabalhadores possam descansar o corpo, a mente e o espírito, retornando renovados. Bons exemplos são as companhias de gás e energia elétrica do Japão cujos funcionários desfrutam de 72% dos dias de férias remuneradas por ano.

Fontes: J-Cast, JJ e Expedia
Imagens: Expedia, Flickr e Pixabay

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Comitê do governo revisa chances de ocorrência do terremoto Nankai Torafu

Publicado em 29 de dezembro de 2017, em Sociedade

O Comitê de Pesquisa de Terremotos recalculou as chances de um grande terremoto na fossa submarina Nankai Torafu nos próximos 30 anos.

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Um comitê especialista do governo decidiu revisar as chances do terremoto de grande proporção Nankai Trough (Nankai Torafu) ao largo da costa do Pacífico nos próximos 30 anos, de cerca de 70% para entre 70% a 80%.

A fossa submarina Nankai se estende ao largo da costa da região Kanto até Okinawa, a província no extremo sul do Japão.

O Comitê de Pesquisa de Terremotos, uma parte da Sede para Promoção de Pesquisa sobre Terremotos do governo, recalculou as chances de um grande terremoto na fossa submarina ao longo de três décadas com início em 1º de janeiro de 2018. O número revisado será formalmente divulgado no próximo mês.

(imagem: Mainichi)

De acordo com estimativas, um grande terremoto na Nankai Trough poderá ser de magnitude que varia entre 8 a 9 graus e os cálculos são baseados em um intervalo médio projetado de 90 anos entre tais terremotos usando 1946 como linha de base – a última vez que um grande tremor atingiu a fossa submarina.

A estimativa tem base na hipótese de que terremotos na Nankai Trough ocorram em intervalos regulares, então, as chances do próximo aumentam mais do que foram desde o grande terremoto anterior.

A projeção não indica que as chances de um terremoto aumentará repentinamente com o novo ano, mas, ao invés disso, as chances estão ficando cada vez maiores a cada momento”, disse o presidente do Comitê de Pesquisa de Terremotos, Naoshi Hirata, professor na Universidade de Tóquio”.

“Gostaria que todos nós estivéssemos preparados não importando quando o terremoto vai ocorrer”.

Fonte: Mainichi
Imagem: Mainichi, Mie Info

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